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Patrícia, Daniela e Karim, os desafios de quem é líder

Ana Cristina Pereira, Daniela Kraemer, Patrícia Bazotti Alba e Karim Miskulim: selfie depois do painel sobre desafios que as mulheres enfrentam, em evento da Acigra

Três mulheres, currículos profissionais extensos, personalidades diferentes, mães, donas de casa mas com atividades empresariais intensas. Daniela Kraemer, gerente de Relações Públicas e Governamentais da General Motors (GM), Karim Miskulim, fundadora, proprietária e editora da Revista Voto, e Patrícia Bazotti Alba, advogada e primeira-dama de Gravataí.

Elas foram as convidadas desta terça-feira (6/3) para serem as painelistas na primeira reunião-almoço do ano promovida em novo formato pela Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Gravataí (Acigra), uma forma de a entidade assinalar o transcurso do Dia Internacional da Mulher, depois de amanhã (8/3) e abrir as atividades de 2018, ano do 90º aniversário de fundação da entidade.

“Os desafios das mulheres em posição de liderança” foi o tema escolhido para que as painelistas apresentassem a um salão repleto de políticos, empresárias e lideranças de diversas áreas da cidade, no Intercity Premium. O presidente Régis Albino Marques Gomes, considerou o evento um sucesso e destacou que foi só a primeira das muitas atividades previstas para o ano em comemoração ao aniversário da Acigra.

 

Daniela

 

Daniela Kraemer foi a primeira a falar – no painel mediada por Ana Cristina Pastro Pereira, vice-presidente da Acigra – e falou da sua trajetória pessoal e profissional para explicar que a mulher é uma líder por natureza só que, na maioria das vezes, não se dá conta desta condição. Segundo ela, um dos maiores desafios foi substituir o pai, jornalista Marco Antônio Kraemer, no posto diretivo da GM.

— Quando uma mulher recebe um desafio, como foi o meu casos, ela questiona se vai ser capaz de assumir, ao contrário dos homens que têm outra visão e analisam apenas se aquilo vai ser bom para eles ou não — afirmou.

Ela comentou ainda que um grande desafio é lidar com um ambiente de trabalho no qual está inserida, onde predomina uma maioria masculina, além de ser mãe, esposa, filha, irmã e colega.

— As mulheres normalmente não aceitam ajuda e tem dificuldade para delegar. A gente acha que só a gente sabe fazer — disse, quase em tom de autocrítica.

 

Karim

 

A empresária Karim Miskulim, por sua vez, falou que os desafios que enfrentou por ser do interior, ter optado por fundar e dirigir um meio de comunicação impresso e, pior, voltado exclusivamente para o meio político, onde a predominância dos homens chega a mais de 90%.

Mas Karim reconheceu:

— Tenho muito respeito pelos homens porque de alguma forma me ajudaram a chegar até aqui — ao falar que reconhece a importância dos homens que apoiam as mulheres em todas as esferas e momentos, no trabalho e no âmbito familiar.

A editora da Revista Voto, porém, foi ácida na crítica ao movimento feminista que usa de radicalismos na busca do chamado empoderamento da mulher.

— A conquista do espaço, da liderança, o chamado empoderamento feminino é uma coisa que se dá ao natural, sem que seja necessário que a mulher tire a roupa para chamar a atenção e querer ser respeitada — alfinetou ela.

 

Patrícia

 

A primeira dama de Gravataí, Patrícia Bazotti Alba, logo no começo da sua exposição fez uma revelação:

— Eu julgava até pouco tempo que nunca tinha enfrentado nenhum tipo de preconceito. Mais recentemente, numa análise mais apurada e depois de conversar com algumas pessoas vi que sim, e já tinha passado por situações que eram de preconceito e discriminação.

Segundo Patrícia, as mulheres ainda têm uma luta grande pela frente em busca da igualdade. Alertou, porém, que se trata de uma igualdade de direitos e não de gênero e, como advogada, enfatizou que as mulheres têm o direito de serem o que quiserem, sem a necessidade de estarem em uma condição de liderança em tempo integral.

Outra revelação é que ela tinha o desejo de ser chamada de primeira dama, antes mesmo da eleição do marido, o atual prefeito de Gravataí, Marco Alba (PMDB). Ela justificou que a condição de primeira dama dá visibilidade e se trata de um cargo que serve para “fazer coisas boas” para a comunidade, especialmente na área social.

 

 

TEMAS ABORDADOS

 

: Preconceito e discriminação das mulheres principalmente no ambiente de trabalho e naqueles espaços onde predomina o sexo masculino

 

: Dificuldades para conciliar as atividade profissionais com e o relacionamento familiar, a criação dos filhos, e como lidar com eventuais ciúmes dos maridos.

 

: A criação dos filhos, em temos de redes sociais e tecnologia moderna, com viés à liberdade e à questão de gênero.

 

: Qualidade de vida diante de um ambiente atribulado no cotidiano que envolve o trabalho e a família.

 

: Competitividade com os homens no ambiente do trabalho onde, as vezes, é necessário se impor para conquistou ou assegurar espaços.

 

Confira no vídeo abaxo a reportagem do Seguinte: na primeira edição do ano do evento Almoçando com a Acigra.

 

 

 

 

 

 

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