De Melaine Klein (Complexo de Édipo)
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A inveja aparece como inerente à avidez oral… alternando com os sentimentos de amor e gratificação, ela está primeiramente dirigida para o seio nutriente. A inveja é o sentimento raivoso de que outra pessoa possui e desfruta algo desejável, sendo o impulso invejoso o de tirar esse algo ou estragá-lo. Além disto, a inveja pressupõe a relação de um individuo com uma só pessoa e remonta a mais arcaica e exclusiva relação com a mãe.
(…)”
Faço uma analogia com a política, a Prefeitura como ‘teta’ para alguém, e o patológico ciúme que Juliano Paz provoca entre alguns políticos de Cachoeirinha.
Discreto e disciplinado, carregando sempre o sobrenome no comportamento, testemunha quieto, porém com um sorrisinho de canto de boca, o que, na percepção de alguns, foi seu rebaixamento.
Nas ruínas do golpeachment, Paz deixou a Secretaria de Governança e Gestão e assumiu a chefia de gabinete do prefeito, cargo análogo ao que ocupava na Assembleia Legislativa quando Miki Breier era deputado.
O prefeito fez política, e agradou alguns vereadores. Mas não abandonou aquele que, reafirmo, ainda é seu número 1, e se atira na frente das balas pelo ‘professor’ desde os anos 90 na Morada do Vale.
Os políticos podem até ingerir sobre quem fará a interlocução com eles, mas não tem nenhuma influência sobre em quem Miki quer confiar.
Ao fim, Paz segue bem vivo nessa maré de homens minguantes que transborda a política.