A brincadeira na aldeia é que jornalista que cobre eleição em Gravataí sai desembargador. Data venia, a hiperjudicialização de quase uma década parece nunca sair de moda.
O tapetão news de hoje informa que o PDT ingressa em minutos com ação denunciando propaganda eleitoral fora do prazo, “positiva e negativa”, pela candidata a prefeita Anabel Lorenzi (PSB).
O partido de Daniel Bordignon e Cláudio Ávila pede a aplicação de 51 multas, que poderiam chegar a um valor de R$ 250 mil, caso aceitas pela justiça eleitoral.
O vereador Carlos Fonseca (PSB) também é arrastado para a ação.
Além disso, a banca de advogados do PDT, que agora conta com Vinícius Alves, ex-advogado do vereador Márcio Souza e também, como Ávila, personagem do impeachment e dos pedidos de impugnação de Bordignon, registra ocorrência policial e ingressa com queixa-crime e uma ação indenizatória de R$ 300 mil na justiça comum, por suposto ataque ao candidato a prefeito do partido.
– Nossas provas documentais e testemunhais são fortes. A candidata não pode pedir voto nesse período da campanha. E ninguém vai dizer impune que nosso candidato está impugnado ou é corrupto. Até porque ele está livre para concorrer e nunca respondeu a processo criminal ou foi alvo de qualquer investigação por corrupção – resume Cláudio Ávila, que como presidente do PDT de Gravataí divulgou uma forte nota tendo Anabel como alvo.
Mas há um jabuti na ação. Numa clara estratégia para sustentar desde já frente à justiça eleitoral de Gravataí a elegibilidade de Bordignon, a ação inclui decisão de 2014 do ministro Gilmar Mendes, hoje presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), liberando a candidatura e indicando que o ex-prefeito não se enquadrava como ‘ficha suja’, além de anexar também o parecer do Ministério Público estadual e a decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) que, por 7 a 0, permitiram a candidatura à Assembleia Legislativa no mesmo ano.
O Seguinte: tentou contato com Anabel, mas o celular apenas chamou até cair.
A Nota
Confira a nota do PDT sobre Anabel.
É com profundo sentimento de indignação que o PDT distribuirá, no âmbito da Justiça Eleitoral e da Justiça Comum, medidas judiciais em face do PSB, da candidata Anabel Lorenzi e de alguns dos seus apoiadores.
A candidata, como todos nós sabemos, está em plena campanha eleitoral antecipada e deflagrada. Os comerciantes, os cidadãos e todo o meio político sabem que isso está ocorrendo na maior desfaçatez.
Apesar de ela estar há 20 anos na política, se utiliza da dissimulada estratégia de "consultar a população sobre as suas demandas". No entanto, faz pedido de votos, divulgação de números e tem até comitê de campanha, antes do período permitido em lei.
Além disso, diante da sua notória inviabilidade eleitoral, a candidata mente sobre a nossa candidatura por onde vai. Os eleitores que afirmam ter simpatia pela nossa caminhada são cercados e quase coagidos em virtude do tom elevado e das inverdades que a candidata se utiliza. Nitidamente, também orienta a sua militância a repetir a mentira.
Compreendemos que a candidata do PSB não tem nenhuma realização em prol de Gravataí. Foi vereadora, Presidente da Câmara, apontada pelo Tribunal de Contas em face das farras das Diárias, pois não as combateu. Assim como também aumentou ainda mais os supersalários do Legislativo. Sem ter o que contar, nos ataca reiteradamente, de forma desleal e leviana.
Nesse sentido, juntando o parecer do Ministério Público Eleitoral do RS, a decisão do Ministro Gilmar Mendes e a decisão do TRE/RS (7 X 0), que declaram elegível o nosso candidato, determinamos que o departamento jurídico do partido represente em todas as instâncias judiciais cabíveis em face dos atos da candidata e seus aliados, especialmente, os que extrapolam a boa-fé e ofendem a Democracia.
Reconhecemos a candidata como uma pessoa honrada e que possui tantas qualidades públicas. Lamentamos o comportamento inadequado e carente de conteúdo para a cidade.
