O presidente estadual Ciro Simoni informou com exclusividade ao Seguinte:, há minutos, que determinou a retificação da composição da comissão provisória do PDT de Gravataí que manteve Anabel Lorenzi como presidente, o vereador Thiago De Leon como vice, mas excluiu os vereadores Dilamar Soares e Bino Lunardi, além de não ter nenhuma indicação ligada aos dois parlamentares que aprovaram a Reforma da Previdência apresentada pelo governo Luiz Zaffalon (MDB).
– Houve uma falha de comunicação aqui na estadual. A comissão terá a participação dos três vereadores – garantiu e confirmou que, em 90 dias, se os indicadores da pandemia permitirem, será realizada eleição.
– A orientação da direção nacional é, onde não há chapa única, nomear comissão provisória para evitar aglomerações. Em Gravataí são 4 mil filiados. Se em outubro as condições epidemiológicas permitirem teremos eleição.
O PDT da aldeia está em disputa entre Anabel e Dila. Os ex-parceiros de chapa à Prefeitura na eleição suplementar de 2017 ficaram em lados opostos na Reforma da Previdência, cuja liberação da bancada foi aprovada por 7 a 6 na executiva, com articulação do vereador.
Um tuíte meu, comentado pelo prefeito, deflagrou a crise nesta segunda-feira.
Reproduzo e, abaixo, sigo.
– Teu tuíte acelerou a nomeação – confirma pedetista, sob a condição de anonimato.
– A Anabel está mordida com o vazamento – acrescenta outro partidário.
Fato é que, cerca de uma hora após minha postagem, Dimas Costa (PSD), candidato a prefeito em 2020, irmão de Dila, mas em uma relação ‘Caim-Abel’, sem se referir ao episódio, tuitou que eu tinha dado uma “barrigada histórica”.
No jargão jornalístico, ‘barrigada’ é uma informação com erros graves.
Por obvio, Dimas tinha informação privilegiada, porque logo em seguida começou a circular no meio político a composição da comissão provisória enviada ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
Uma certeza é que nestes Grandes Lances dos Piores Momentos que envolvem a disputa no partido, com Anabel na presidência o PDT continua na oposição ao governo Zaffa, de quem Dila é amigo íntimo, além de ter se reaproximado de Marco Alba, o que tratei em artigos como Na Adulla: Marco Alba, Dila, a Reforma da Previdência e o futuro de Gravataí.
E inegável é que o desespero para montar a comissão provisória sem o vereador ou filiados ligados a ele evidencia, além de perseguição política, preocupação com da força de Dila, que tem articulação com uma série de pré-candidatos à Câmara nas eleições de 2024 e a perspectiva de participação do partido em secretarias e cargos no governo Zaffa – que ao comentar o tuíte só fez confirmar a parceria com o vereador.
Ao fim, quando tuitei o ‘Printe & Arquive na Nuvem’, apostei na realização da eleição partidária. Quando a pandemia permitir, o pleito será realizado, conforme o presidente estadual do PDT.
Talvez tenham tocado flauta antes do tempo aqueles que tentam imputar um ‘Miss Colômbia 2’ em Dila, que já tinha perdido a indicação para a Presidência da Câmara, em 1º de janeiro. Já se ele perder na urna aceito a pecha da ‘barrigada’. Hoje a declaração de Ciro Simoni valeu como uma lipo.
LEIA TAMBÉM
