Consta que duas coisas na vida são exclusivamente nossas e ninguém as pode tirar: os pensamentos e as escolhas que eles determinam. Sobre os pensamentos, estou convicta de que é assim mesmo. Em criança, nunca acreditei que alguém poderia passar a mão na minha testa e ler o que eu estava pensando. Já adolescente, achava engraçadas as encenações dos mágicos e pseudovidentes. Adulta, sigo pensando assim. Você só fica sabendo disso quando eu escrevo.
Quanto às escolhas, tenho lá minhas dúvidas se são resultado apenas do que penso ou se não acontecem também por impulso do momento. Aqueles produtos colocados bem junto às caixas de supermercados são para isso mesmo: comprar sem pensar. É o chocolate, a bebida gelada, a revista que a gente estava folheando na fila quando chegou a nossa vez e tem um assunto um interessante. Pronto, lá vem a despesa não prevista.
Nascer não é uma escolha. Morrer, em alguns casos, pode ser. Pensamentos bem guardados dentro de nós não afetam outras pessoas, só podem fazer isto quando os revelamos. As escolhas são definidas por ações. Aí, todo mundo fica sabendo. A menos que nossa escolha seja… não fazer nada. Mas deixar de fazer alguma coisa que alguém esperava que fizéssemos não é uma ação também? Estou confusa.
Amanhã terei que fazer uma escolha política. Parece pouco, diante da complexidade de tantas outras questões essenciais da existência, mas sou uma otimista e considero importante que as pessoas tenham a oportunidade de conhecer e vivenciar a gestão pública, seja no Executivo ou no Legislativo, para poder contribuir de alguma maneira com a sociedade. Não anulo meu voto. Depois, como eleitora e cidadã, cobro competência, honestidade e dedicação de quem for eleito(a).
Tenho um só voto para vereador aqui em Gravataí. Todas as candidaturas apresentam propostas concretas para atuação na Câmara Municipal. São pessoas idôneas, idealistas e que conhecem muito bem a Cidade e suas carências. Em qual votar? Definir pelo partido ao qual estão filiadas? Que tarefa difícil!
Decidi que uma das minhas amigas receberá meu voto. Este é o meu pensamento. Não me importarei com o partido, posto que elas integram estranhas coligações. Sou daquelas pessoas que não abrem mão de votar e acreditam que a boa política pode acontecer independente da agremiação. Qual das amigas? Queria ter mais de um voto. Tenho preferência, talvez mude na hora. Por impulso…