Já contei, tempos atrás, por aqui, que, na década de 80, em uma feira de máquinas agrícolas, lá em Guayaquil, no Equador, quase fui canibalizada por uma debulhadora de grãos que encasquetou de me puxar para dentro do seu estômago pela ponta de uma saia indiana que eu usava.
Pois é, eu devia ter tomado isto como um sinal e parado de usar saias compridas. Mas ontem resolvi vestir uma, para ir a um almoço, e quase deu crepe de novo. Vou lhes contar o que ocorreu. Tive uma reunião, pela manhã, em Cachoeirinha, e voei, depois, de Uber, para a Câmara do Livro, em Porto Alegre, pois pretendia trabalhar um pouco antes de ir para o restaurante. Ao chegar, desembarquei e, antes de fechar a porta do carro, senti que algo me puxava para trás. Foi aí que se abriu um baita buraco na saia, que havia ficado presa naquela alavanca que se usa para mover o banco do carro.
Então, cruzei a rua e comprei, na Ughini, uma calça preta, de sarja, idêntica a outra, que havia adquirido anteriormente por lá e que tive de descartar, há algumas semanas, em função de outro probleminha.
Ocorre que, um certo dia, percebi que a tal calça estava cheia de buraquinhos na parte dianteira da coxa direita. Daí, descobri que, por estar sem a ponteira de proteção (|Onde foi parar essa bandida?), o alicate de cutículas que costumo carregar sempre comigo tinha aberto uma fenda, no couro da bolsa tiracolo que eu usava, e havia estado picotando a calça. Como não senti que isto estava ocorrendo? Sei lá… Devia estar pensado em algo mais emocionante, né?
Então, o problema, meus amigos, não é comigo. O problema é com essas máquinas e utensílios que insistem em conspirar contra a integridade do meu guarda-roupa.