Hoje, a economia mundial parece estar no ponto mais perigoso deste vaivém – o superavit de petróleo e gás, fazendo com que os preços dos dois sejam tão baixos como eram no início do século XXI. O alerta é do site Sputnik, e o Seguinte: reproduz a análise.
Os preços do petróleo globais estão demonstrando um crescimento moderado em meio da divulgação de informação sobre as reservas de petróleo nos EUA e da moratória da Austrália sobre as atividades de fraturamento hidráulico, o que afetará a futura oferta destes combustíveis.
Os preços do petróleo caíram nos últimos dois anos de $ 115 de dólares por barril em junho de 2014 para menos de $ 30 de dólares por barril em janeiro de 2016, principalmente devido ao excesso de oferta e à estagnação da demanda global. Os preços do petróleo estão atualmente oscilando entre $ 40-50 por barril. A economia de mercado é conhecida por suas variações de oferta e demanda, o que origina muitas vezes especulações de preços e choques da economia, quando o ‘pêndulo’ do mercado está em suas posições extremas – seja deficit ou superavit de qualquer recurso.
Hoje, a economia mundial parece estar no ponto mais perigoso deste "vaivém" – o superavit de petróleo e gás, fazendo com que os preços do petróleo e gás sejam tão baixos como eram no início do século XXI. Preços baixos, energia barata — que poderia ser melhor para o povo? No entanto, as consequências de tal “prosperidade” podem ser sombrias.
Quanto mais baixos os preços do petróleo e do gás são, menos atraente este sector é para os investidores – eles não vão lucrar com isso, significando que o processo de exploração, perfuração e refino de petróleo e gás está a abrandar. No entanto, no futuro não muito distante, a economia mundial vai começar a crescer mais rapidamente, o que significa que vai precisar de mais energia. Combinado com a oferta diminuída de petróleo e gás isso pode resultar em outro choque de preços – eles podem subir rapidamente.
As autoridades do território do Norte da Austrália introduziram na quarta-feira uma moratória sobre as atividades de fraturamento hidráulico, disse o ministro-chefe da região, Michael Gunner: "Anuncio que o Governo vai implementar este compromisso de introduzir uma moratória sobre o fraturamento hidráulico de recursos de gás não convencional".
A moratória vai diminuir ainda mais o volume de gás extraído. Com tal política dos países ocidentais e das corporações de petróleo e gás, a economia mundial poderá, daqui a pouco tempo, vir a sofrer um novo choque, o que levará a novas mudanças no setor.