O título do texto já diz tudo! Desta feita, sigamos. Inter de Coudet com a bola. Grêmio de Renato mais reativo que o comum. Colorado com desenho que teve relativo sucesso em 2023. Tricolor com mais cuidados defensivos. Que vença o mais competente nos 90 minutos.
Começando pelos mandantes, o provável retorno de Maurício devolve mecânica ao time, a começar pela forte “dobrada” com Bustos pelo setor direito. Aliás, o argentino faz excelente início de temporada. Com isso, Bruno Henrique volta para o seu habitat natural: as funções pela faixa central de gramado. Vez que outra, pode trocar com Aránguiz para garantir alguma imprevisibilidade.
Sendo assim, Lucas Alário deixa os 11 e Alan Patrick ganha mais liberdade para circular por toda a faixa de armação e arremate. Prefiro essa mecânica, já não desgasta tanto o camisa 10 nas tarefas defensivas. Até porque, o time já atua sem um camisa 5 com grande poder de marcação. E por melhores que esteja as atuações, futebol requer equilíbrio.
Não esqueçamos, aliás, que o Grêmio será o primeira adversário da Série A enfrentado em 2024. No gol, Anthoni. Todo o atleta necessita de ritmo, ainda mais goleiro. Não teria porque arriscar o agravamento da lesão de Sérgio Rochet num jogo na primeira fase do estadual.
Pulemos o muro. Projetemos o lado azul da força…
Du Queiroz é o mais titular para domingo por um motivo claro: ajuda a estancar a sangria defensiva que persiste desde 2023. Quem saí? Um ponta? Um volante? O meia? Acreditamos num tricolor disposto em 4-1-4-1 com Queiroz, Villasanti e Pepê. O noticiário aponta que Cristaldo é o mais candidato a sair da equipe, mas não descarto a presença do camisa 10. Entretanto, provocaria algumas mudanças no posicionamento das individualidades.
Du Queiroz aberto à direita na “posição Ramiro”, com Cristaldo centralizado e Pavón indo para a ponta esquerda. Ou Cristaldo aberto à direita, como falso ponta. Embora não goste deste posicionamento, o “gringo” já atuou de forma parecida quando o tricolor adotava o esquema com três zagueiros. Outra “surpresa” seria a saída de Geromel do time para ampliar a vitalidade da peça defensiva.
Se Diego Costa não iniciar a partida, o time poderia ingressar em campo sem um jogador de referência. João Pedro Galvão deixaria o time. Caberia a Pavón liderar o ataque, numa proposta ainda mais conservadora. Assim, o time poderia retornar aos três zagueiros. Um plano B, porém, teria Du Queiroz, Villasanti, Pepê, Cristaldo, Gustavo Nunes e Pavón. Falando em proposta conservadora/pragmatismo, a bola alta é “arma” tricolor e ataca a principal fragilidade colorada. Aguardemos!
Pelos pitacos, fica claro que o momento do Inter é superior, ao menos na nossa singela lógica, é claro! Não pela posição na tabela, onde a diferença atual é de apenas 2 pontos pró-colorado, mas pelo nível de atuação coletiva nas últimas partidas. Sendo assim, a necessidade de novidades/mudanças/surpresas de Renato cresce de importância. Eis a chamada “mão do treinador”.
Momento superior não é certeza de vitória, evidentemente. Mas frente a grenalização, às vezes doentia, é essencial falarmos até as obviedades. Voltando ao mundo real, Coudet e Renato podem ser personagens decisivos para o clássico 441. Um pela sequência do trabalho (que taticamente é diferente da maioria dos times no país) e outro pela capacidade de “inovar”, como fizera na temporada passada quando, ineditamente, usou e abusou do repertório tático.
Antes do fim, segue nossa “Seleção Gre-Nal”, inspirado no que fizeram os principais canais de comunicação do Estado. Considerando Rochet fora, eis:
- Marchesín
- Bustos
- Vitão
- Kannemann
- Reinaldo
- Villasanti (não Bruno Henrique, pela questão do equilíbrio)
- Aránguiz
- Maurício
- Alan Patrick
- Pavón
- Valência
Téc. Eduardo Coudet (Pelo nível de atuação coletiva atual)
Ótimo Gre-Nal pra geral…