Se a lógica desfilar no gramado do Beira-Rio, a bola vai sofrer na edição 448 do maior clássico do mundo no próximo domingo. Para negar a tendência, Internacional e Grêmio estudam mudanças no plano tático e também nos nomes. Talvez seja a “bala de prata” para Roger Machado ou Mano Menezes. A corda no pescoço está cada dia mais justa…
Nos mandantes, o noticiário aponta para a migração ao 3-5-2. Demorou, né, professor? Foi preciso levar 3 a 0 no primeiro tempo contra o Palmeiras, na semana passada, para que a linha de cinco defensiva entrasse na prancheta ainda em São Paulo. Para o clássico, a tática pode render frutos além da peça defensiva…
Mais liberdade para Bernabei e Alan Patrick, com Carbonero mais próximo do gol rival. Desta feita, o trio pode dedicar-se mais às tarefas de armação e ataque. O 4-2-3-1 do Inter bateu no teto há tempos. A nova dinâmica, por outro lado, é aposta para o reencaixe coletivo e, consequentemente, para o brilho individual.
Com o ingresso de Gabriel Mercado, o time também ganha em liderança, suor e, principalmente, “sangue no olho”. O elenco colorado é frágil nas questões sem a bola. Bravura e capacidade de indignação são atributos essenciais para o futebol até na várzea. Imaginem no profissional. O argentino também é acréscimo na bola parada.
Pelo lado azul da força, Mano Menezes usou a partida contra o Mirassol também como laboratório para o Gre-Nal. Apesar da derrota em casa, o Futebol Além do Resultado nos obriga a reconhecer uma providência interessante para acomodar os reforços na engrenagem.
A presença de dois volantes + Arthur, para permitir que o camisa 29 seja o camisa 10 do futebol contemporâneo. Embora fora de ritmo (e talvez acima do peso), atuou por 90 minutos contra o Mirassol e garantiu ao Grêmio virtudes há tempos inexistentes nas rotinas da equipe: posse, controle, cadência e inteligência de jogo.
Marcos Rocha na camisa 2, Carlos Vinícius na referência ofensiva e, principalmente, William. A trinca consagra outra necessidade do Grêmio: a mudança na fotografia do elenco. Embora a comissão técnica esteja deixando a desejar, é inegável que a chaga número 1 do tricolor é justamente a fragilidade técnica do elenco.
Que vença o menos pior…