Frente a pessoas que acompanhavam a sessão com cartazes feitos a mão com dizeres tipo ‘deixa o prefeito trabalhar’, por votos a 13 a dois, uma ausência e sem o voto do presidente, a Câmara de Cachoeirinha derrubou a abertura de comissão processante que poderia levar ao impeachment de Miki Breier (PSB) e do vice Maurício Medeiros (MDB).
Eram necessários pelo menos 10 votos entre os 17 vereadores.
Já tratei do que chamo de golpeachment, e as frágeis 14 denúncias feitas pelo advogado Lucas Hanisch, em artigos como Justiça suspende impeachment de Miki e Maurício; o ’parenticídio’ e links relacionados neles – inclusive o que desvela o denunciante como aspirante a político.
A votação, que em 30 de abril tinha aberto a ‘CPI’, foi refeita nesta noite porque o Tribunal de Justiça (TJU) gaúcho não aceitou apelação do legislativo que pedia reversão da decisão do juiz Edson Corso, da 3ª Vara de Cachoeirinha, que apontava irregularidades na votação.
Como refiro no artigo acima, a Justiça considerou a votação ilegal por ter sido feita minutos após o protocolo da denúncia, e também pelo que chamei de ‘parenticídio’, já que o vereador e relator da comissão, Marco Barbosa (PSB), é cunhado do prefeito – mesmo que, no Netflix da política local, tenha votado a favor da ‘CPI’ e esteja rompido com o parente prefeito.
Na sessão desta terça, o suplente João Tardeti (PSB) assumiu no lugar de Marco Barbosa. Joaquim Fortunato (PSB) também deixou a Secretaria de Mobilidade para retornar à Câmara e votar com o governo.
Jussara Caçapava e Deoclécio Mello, que na primeira votação estavam ausentes alegando problemas de saúde, hoje se manifestaram contra a abertura do impeachment.
Já a vereadora Jack Ritter (PSB) faltou a sessão, apesar de estar assistindo pela internet, para não votar contra recomendação do partido e correr o risco de expulsão.
Mudaram o voto após seis meses Ibarú Rodrigues, também pelo risco de expulsão do PSB e se dizendo "coagido" pelo prefeito, Paulinho da Farmácia, Manoel D`Ávila e Nelson Martini.
OS VOTOS
Contra: Luis Henrique Tino, Cristian Wasem, João Tardeti, Felisberto Xavier, Joaquim Fortunato, Jussara Caçapava, Deoclécio Mello, Paulinho da Farmácia, Manoel D`Ávila, Nelson Martini, Edson Cordeiro, Ibarú Rodrigues e Duda Keller.
A favor: Rubens Otávio e Alcídes Gattini.
Não votaram: Fernando Medeiros, presidente da Câmara, que só precisa votar em caso de empate, e Jack Ritter que faltou à sessão.