Começa nesta segunda-feira a semana mais importante do ano eleitoral de Gravataí, ao menos até agora. Os movimentos passam por Zaffa, Marco, Bordignon, Dr. Levi, Dimas, De Leon e até Bolsonaro.
Vamos às informações.
Neste sábado Dr. Levi Melo (Podemos) foi confirmado como vice de Luiz Zaffalon (PSDB) na campanha pela reeleição, em convenção da sigla que, idealizada pelo vereador Dilamar Soares, um dos maiores montadores de partidos da história recente de Gravataí, e que atraiu a filiação do vice-prefeito, se inscreve como uma das principais forças políticas na eleição 2024.
A convenção de Zaffa, que confirma a reedição da chapa vitoriosa em 2020 com 51,3% dos votos, acontece dia 31.
Convenções do Republicanos, dos vereadores Bombeiro Batista, o mais votado na última eleição, e Fábio Ávila, além do PRD, de Luciano Oliveira, filho do falecido ex-prefeito Edir, também confirmaram neste fim de semana apoio à reeleição, que já tem uma coligação de 9 partidos.
O time de Zaffa ainda deve ter nesta semana um reforço que, até o momento, se configura como o maior movimento político da eleição: Dimas Costa (PSD) deve assumir como deputado estadual, renunciar à candidatura a prefeito e apoiar a reeleição; representaria o segundo colocado na eleição passada apoiando o primeiro.
Nesta segunda, o governador Eduardo Leite (PSDB) deve fazer o convite para o deputado estadual Gaúcho da Geral (PSD) assumir a Secretaria de Esportes do Estado, hoje comandada por Danrlei de Deus (PSD). Se Gaúcho aceitar, Dimas, que é primeiro suplente, ganha a vaga na Assembleia Legislativa.
O apoio a Zaffa seria uma conseqüência lógica. Dimas exigia um “projeto estadual”, ou seja, assumir como deputado ou ser secretário de Estado, para desistir da corrida pela Prefeitura.
Pelo que apurei, mesmo que Gaúcho não aceite deixar a AL, Dimas deve ser convidado pelo governador para ser secretário.
Como a convenção do PSD será no próximo domingo, Dimas deve anunciar o apoio a Zaffa nesta semana.
Marco Alba (MDB) também terá a definição do vice até domingo, quando acontece a convenção do partido. O mais cotado é o vereador Thiago De Leon (PDT). A confirmação pode acontecer nas próximas horas.
Caso De Leon não queira trocar a candidatura a vice por uma reeleição praticamente garantida para vereador, cresce a possibilidade do MDB ter o apoio do PDT, mas concorrer com chapa própria. Aí, o nome mais forte é do vereador e presidente do partido, Alan Vieira.
Parlamentar por três mandatos, Alan anunciou neste sábado que não concorre à reeleição e se dedicará à coordenação da campanha de Marco à Prefeitura. Clique aqui para assistir ao vídeo postado pelo vereador em suas redes sociais.
A decisão de Leon também pode provocar dissidências de ‘ideológicos’ do PDT e trazer de volta à política uma personagem que se retirou do cenário após ficar em terceiro lugar na eleição de 2020: Anabel Lorenzi.
A professora – que na eleição anterior eu apelidei de ‘A Esquerdista do Ano’, por representar em Gravataí pautas canhotas e a maior oposição a Bolsonaro no partido que, a partir de ação no TSE, é responsável pelo ex-presidente ter sido condenado como inelegível por 5 anos – já disse a interlocutores que não aceitaria apoiar Marco ou Zaffa.
Anabel deve aderir à candidatura de Daniel Bordignon (PT), de quem teve apoio em 2020, com a então vereadora e esposa do ex-prefeito, Rosane Bordignon, como vice.
Bordignon também comemora aniversário no sábado, organizando um grande ato político no CTG Aldeia dos Anjos, confirmando também Diego da Veiga Lima (PSB) como vice.
A semana pode fechar com Jair Bolsonaro visitando a região. Porto Alegre e Canoas são cidades certas, Gravataí ainda não. Mas há possibilidade do ex-presidente visitar no município a escola cívico-militar rural Murialdo.
Zaffa é “convidado de honra”, como anunciou José Capaverde (PL), quando assumiu como secretário municipal após desistir da candidatura a prefeito para apoiar a reeleição. Como na política ausências gritam tanto quanto presenças, já estão abertas as apostas sobre a participação ou não do prefeito ao lado de Bolsonaro.
Ao fim, como em eleições prevalece aquela máxima de que “mais cedo ou mais tarde todo político corresponde aos que não confiam nele”, certezas não existem. Mas, ao que parece, as urnas em 2024 devem representar um ‘tirem as crianças da sala’, com apenas três candidaturas: um prefeito, Zaffa, e dois ex-prefeitos: Marco Alba e Bordignon.
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