Até o fim do mês deve ser assinada a adesão formal de Gravataí à Parceria Público-Privada na qual a Corsan buscará no mercado um investimento de R$ 1,8 bilhão para, em um prazo de 11 anos e em troca de uma concessão dos serviços por 35 anos, fornecer água e esgoto tratados para 87,3% do milhão e meio de pessoas que vivem nos nove principais municípios da Região Metropolitana – que hoje, com uma cobertura de não mais de 30%, tem índices de repúblicas de bananas.
A informação foi dada pelo próprio prefeito Marco Alba (PMDB) ao falar publicamente sobre a PPP pela primeira vez, depois de ter confirmado, com exclusividade para o Seguinte:, ainda em abril, que para acelerar a mudança no perfil do saneamento da cidade, Gravataí desistiu de lançar uma concessão própria.
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– Estamos negociando o contrato com a Corsan, as cláusulas e como vamos aceitar a proposta – explicou, em discurso na autorização do início das obras de revitalização da Adolfo Inácio Barcelos, que fazem parte do complexo viário que inclui a Centenário, uma rótula no Aldeião e se concluirá com a duplicação das pontes do Parque dos Anjos.
– Não abrimos mão do interesse público (ao mudar a forma de concessão). Só tememos que as exigências burocráticas e questões jurídicas se prolongassem até o fim da vida. A intenção do nosso governo era boa, ou até melhor (que a PPP regional). Mas não tínhamos a garantia jurídica. Que é coisa que ninguém tem no Brasil de hoje – disse o prefeito que, nos bastidores, está garantindo que Gravataí, ‘jóia da Coroa’ ao lado de Canoas, sente na primeira fila dos investimentos que serão feitos, alguns deles pelo PAC, antes mesmo da PPP.
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Marco alertou para a desinformação dos críticos ao ok dado pela Câmara para que o governo negocie a adesão à parceria público privada.
– Foi uma autorização. Assinaremos o contrato se ele for bom para Gravataí. Para negociar, era preciso a autorização. Problema seria assinarmos antes da lei.
– O interesse da população vai prevalecer. Estamos apresentando todos os problemas de abastecimento de água, de tratamento de esgoto, do Rio Gravataí. Se vierem as soluções, aí vamos assinar – garantiu.
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O DISCURSO
Clicando aqui você ouve na íntegra o discurso onde o prefeito, além de tratar da parceria com a Cyrela que revitalizará a Adolfo, fala também sobre a herança de falta de estrutura e dívidas milionárias, dos efeitos da crise nacional, sinaliza perspectivas e projeta que o governo de José Ivo Sartori entregue duplicado por completo, até o fim do ano, o trecho da RS-118 que corta Gravataí.