saúde pública

Por que os agentes da dengue estão sem trabalhar

Corpo de Bombeiros interditou na sexta passada prédio do Núcleo de Vigilância dos Riscos e Agravos Ambientais e Biológicos, sede dos agentes da dengue

Pelo menos até o final desta semana – ou até que o Corpo de Bombeiros de Gravataí realize nova vistoria – os agentes do Núcleo de Vigilância dos Riscos e Agravos Ambientais e Biológicos da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) não terão acesso à sede do órgão, que fica na rua Ocívio de Oliveira, altura da parada 77 da avenida Dorival de Oliveira.

As instalações onde trabalham cerca de 70 pessoas, entre elas 65 agentes de endemias e pelo menos quatro laboratoristas foram interditadas pelos bombeiros na sexta-feira passada (20/4) depois de expirado o prazo para que a Prefeitura regularizasse a situação de acordo com o Plano de Prevenção e Combate a Incêndios (PPCI). O prazo teria vencido às 17h do dia anterior, quinta-feira.

A interdição das instalações do órgão ligado à Unidade de Vigilância Sanitária da SMS gerou manifestação do Sindicato Estadual dos Agentes de Endemias do Estado do Rio Grande do Sul (Sindacs/RS) em sua página na rede social Facebook, depois de tomar conhecimento da situação junto da Associação dos Agentes de Combate às Endemias de Gravataí (Ascegra).

 

Prejuízo à comunidade

 

Agora à tarde o vice-presidente do Conselho Municipal de Saúde (CMS), Jaime Ziegler, o JB, disse que a medida adotada pelo Corpo de Bombeiros deixa a população sujeita à infestação de insetos, principalmente ao mosquito Aedes aegyptus, transmissor da dengue, porque os agentes não têm como exercer suas funções diante da falta de informações já que os laboratoristas também estão impedidos de trabalhar.

— Desde 2002, por aí, que o foco principal do trabalho dos agentes de endemia é o combate ao mosquito da dengue. O material que é coletado passa pelo crivo dos laboratoristas, e isso está prejudicado — destacou JB.

Ziegler não criticou a interdição determinada pelos bombeiros, mas destacou a necessidade de a situação ser resolvida com a maior brevidade para evitar prejuízos à comunidade, especialmente no que diz respeito à saúde das pessoas e ao risco de proliferação de focos do Aedes e da transmissão do vírus da dengue.

 

IMPORTANTE

 

1

Desde o ano passado, 2017, não é registrado qualquer caso de dengue no território de Gravataí, segundo o vice-presidente do CMS.

 

2

Ainda conforme Jaime Ziegler, somente neste ano, 2018, já foram localizados pelos agentes de endemia 1,5 mil focos – confirmados – do mosquito Aedes aegyptus.

 

Até sexta

 

Através da Assessoria de Comunicação da Prefeitura, a secretaria Municipal da Saúde disse que até o final desta semana deve estar resolvida a questão da interdição do Núcleo de Vigilância dos Riscos e Agravos Ambientais e Biológicos. O governo já está fazendo a aquisição dos equipamentos exigidos pelo Corpo de Bombeiros no laudo de interdição.

A assessoria não informou quais e quantos são os equipamentos, e nem disse qual o valor que será dispendido pela prefeitura para adequar as instalações ao Plano de Prevenção e Combate a Incêndios. A estrutura física da sede não precisará passar por alterações, de acordo com a informação da Secretaria Municipal da Saúde.

— Segundo a Secretaria da Saúde não são muitos equipamentos, nem há estimativa de valor. E o prédio também não necessita de reforma — informou a assessoria de Comunicação à reportagem do Seguinte:, agora à tarde.

 

 

 

 

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