Há relação entre a ‘pauta-bomba’ mais importante do ano para o prefeito Luiz Zaffalon (MDB) e a nota assinada pela presidente do PDT, Anabel Lorenzi, após a saída dos ‘Bordignons’ do partido, polêmica que reportei em artigos como Bordignon fala: PT, Lula, Dimas, Ávila e a ’incompatível história’ com Marco Alba e Bolsonaro, Prev(s)idência: Anabel, Dila e PDT entram pela porta de Zaffa, os Bordignons saem por outra; Agora tudo é GreNal na política de Gravataí, Já tem data saída dos Bordignons do PDT de Gravataí; Explodiram as ’pautas-bomba’, Acerta Zaffa com a reforma da previdência de Gravataí; Uma ’pauta-bomba’ para muitos desarmarem e Ouroborus Gravataí: Cláudio Ávila, Bordignon e o que Lula tem a ver com isso.
Conforme o “nós contra eles, eles contra nós”, o Orçamento de Gravataí pode acabar em 3 meses.
Siga a íntegra da nota e, abaixo, explico.
“…
NOTA DE ESCLARECIMENTO:
1. Desde o término do processo eleitoral de 2020, realizamos de forma sistemática e transparente reuniões da Executiva e do Diretório Municipal para avaliação da conjuntura municipal, estadual e nacional;
2. Garantimos, também, reuniões periódicas da bancada trabalhista com uma representação da Executiva Municipal do PDT para discussão dos projetos que tramitam na Câmara de Vereadores;
3. Em abril, o Diretório Municipal, reunido com quórum regimental, deliberou que o PDT Gravataí deveria fazer oposição propositiva e responsável ao governo municipal, mantendo o diálogo sempre que possível e necessário a fim de buscar a implementação das políticas públicas presentes no Programa de Governo apresentado por nossa Coligação nas eleições de 2020;
4. Neste sentido, na última segunda-feira, o PDT realizou agenda com o Prefeito Municipal para conhecer o projeto de Reforma da Previdência que está sendo construído e que será votado pela Câmara de Vereadores a fim de apresentarmos alterações que possam melhorar a proposta;
5. Portanto, NÃO procede a informação de que estamos defendendo o governo municipal. Ao contrário, estamos dialogando para apontar os possíveis equívocos e buscarmos soluções melhores para um tema tão importante para toda sociedade gravataiense. Da mesma forma procederemos em relação a outras pautas importantes para nossa população;
6. O PDT tem um grandioso projeto para o Brasil e para o Rio Grande do Sul, sendo necessário, assim, engajamento de tod@s nós para que sejamos vitoriosos e para que possamos ajudar o País a sair desta situação dramática na qual se encontra;
7. Temos compromisso, também, com a eleição de uma grande bancada trabalhista para a Assembleia Legislativa e para a Câmara dos Deputados, nas eleições de 2022, e de retribuir todo apoio recebido da Direção Nacional do PDT nas eleições do ano passado;
8. Para finalizar, reafirmo que qualquer informação diferente deste esclarecimento não corresponde à verdade e não colabora com a boa política que tanto defendemos.
9. Mais uma vez, conclamo a tod@s para seguirmos unidos e fortes pois temos muito trabalho pela frente!!
…”
Sigo eu.
Inicialmente, reputo não se refere a mim a “nota de esclarecimento”, porque não afirmei que o PDT estava entrando no governo Luiz Zaffalon (MDB) nos artigos em que tratei da polêmica.
Fato, aquele chato que atrapalha argumento, é que, hoje, o único pedetista que está no governo é o vereador Bino Lunardi, que tem um CC na Prefeitura.
Anabel, o vereador Dilamar Soares e o pedetista histórico José Amaro Hilgert, que hoje comandam o partido, aceitaram o convite do prefeito e foram até o gabinete discutir a reforma com autorização partidária – o que apenas facilitou a desfiliação dos já descontentes ‘Bordignons’.
Não cometeram nenhum crime em subir até o segundo andar do palacinho ocre da Av. José Loureiro da Silva para ouvir o prefeito expor o que chama “déficit previdenciário bilionário”, como analisei em Acerta Zaffa com a reforma da previdência de Gravataí; Uma ’pauta-bomba’ para muitos desarmarem. Mas, por óbvio, oposição em gabinete de governo é material para fofocas e teorias da conspiração no meio político – principalmente após a desfiliação de Bordignon, que trava o ‘GreNal da Aldeia’ com Marco Alba (MDB), o ‘Grande Eleitor’ de Zaffa.
Inegável é que, no ouroboros da política, como aconteceu com o PDT de Tábata Amaral na aprovação da reforma da previdência nacional, o PDT de Dilamar – preterido para a Presidência da Câmara, como tratei em Bomba na eleição para Presidência da Câmara de Gravataí!; É MarxDonalds, Caim e Abel, Alan presidente da Câmara de Gravataí; Reviravolta pode prejudicar Marco Alba e Zaffa? e Zaffa na Prefeitura, Patrícia na Assembleia, Alan na Câmara e Marco Alba na História de Gravataí; As posses – se tornou decisivo para o prefeito aprovar a reforma da previdência municipal que, conforme o governo, se não for feita, esgota o Orçamento de Gravataí em agosto, como tratei em artigos como 90 dias de Zaffa em Gravataí: 10 coisas que o prefeito disse na Acigra.
É que com a saída de Fernando Deadpool (DEM) da base governista após a ‘pauta-bomba da Sogil’, o que revelei em Fernando Deadpool saiu do grupo; Vereador de Gravataí desligou-se de WhatsApp da base de Zaffa, Zaffa tem 13 votos dos 14 necessários, entre 21 vereadores, para o quórum qualificado exigido na votação.
Os votos do governo são potencialmente Alison Silva (MDB), Claudecir Lemes (MDB), Márcia Becker (MDB), Carlos Fonseca (PSB), Paulo Silveira (PSB), Demétrio Tafras (PSDB), Mario Peres (PSDB), Policial Federal Evandro Coruja (PP), Roger Correa (PP), Fábio Ávila (Republicanos), Alex Peixe (PTB), Bino Lunardi (PDT) e o presidente da Câmara, Alan Vieira (MDB), que na ‘pauta-bomba da Sogil’, que tratei em artigos como Vereadores de Gravataí aprovam subsídio de 5 milhões ao transporte público: passagem fica congelada em 4,80; Siga os votos e A ‘pauta bomba’ de Gravataí: vereadores entre 5 milhões para transporte público ou tarifa de 6,30; Como foi audiência pública com Prefeitura e Sogil, só precisaria votar em caso de empate mas, na apreciação da reforma, vota devido ao quórum qualificado.
São 13.
Uma aproximação com o PDT poderia garantir o voto de Dilamar Soares e de Thiago De Leon, ou ao menos o apoio de um dos dois vereadores, garantindo a aprovação daquele que, por salvador das contas públicas, é o ‘projeto do ano’ para o governo Zaffa.
Seriam 14 ou 15.
Ao fim, também há outra alternativa, que independe da 'ferradura ideológica'. É a reforma da previdência construída pelo governo Zaffa ser aprovada por necessária, mesmo que (nem tão) impopular; e não ser debatida apenas em jogos vorazes entre políticos que justificam que “a briga só existe porque eles afirmam que nós estamos contra eles, quando ninguém desconhece que eles é que estão contra nós”.
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