As atividades do Janeiro Branco tiveram encerramento reunindo profissionais de saúde, pacientes e terapeutas voluntários do Projeto PICs em Movimento, na Unidade de Saúde da Família (USF) Parque dos Eucaliptos. Entre as atividades oferecidas, que focam na saúde mental, estava a biodança.
– A biodança como ação provoca um efeito transformador sobre a pessoa em todos os aspectos da nossa vida, seja físico, mental e comportamental. Ela parte do movimento das expressões corporais integradas, que, aliada aos estímulos musicais adequados, promove a exteriorização das emoções, permitindo mudanças importantíssimas na nossa maneira de viver e de sentir a vida – explica a terapeuta voluntária do PICs em Movimento, Claudia da Cruz Cabreira.
Assim, o papel da atividade é estimular os potenciais genéticos que se encontram adormecidos ou estagnados devido às repressões socioculturais afetivas da vida. A prática, desta maneira, pode ser aplicada a diversos grupos de pessoas, como crianças, adolescentes, adultos e idosos.
Ainda conforme Claudia, a biodança tem o objetivo de eliminar as tensões, a rigidez muscular e os sintomas psicossomáticos. Também ajuda a equilibrar funções psicológicas, a diminuir ou estabilizar a angústia, a depressão e a ansiedade. Por fim, ela é capaz de restabelecer vínculos sociais, elevar a autonomia e melhorar o nível de socialização.
Ao longo do dia, atividades como auriculoterapia e reiki também foram organizadas pelas terapeutas voluntárias Ana Lúcia Pires e Akemi Oliver, respectivamente. À tarde, com um grupo de pessoas, a também praticante de técnicas integrativas Tânia Regina da Silva ofertou meditação, com foco no bem-estar das pessoas.
Ao longo de todo o mês, as unidades de saúde São Vicente, Neópolis e Cohab C promoveram as Práticas Integrativas Complementares (PICs), tratamentos que utilizam recursos terapêuticos baseados em conhecimentos tradicionais, com o intuito de prevenir diversas doenças, como depressão e hipertensão. Com a proposta de serem aliados aos tratamentos médicos contemporâneos, ao menos 29 atividades são reconhecidas pelo SUS como sendo de questões relacionais e integrais consigo mesmo e com as pessoas ao redor.
Além das atividades do Janeiro Branco, a Prefeitura promove ações de saúde mental o ano inteiro. Desta forma, mantém grupos constantes de saúde mental para munícipes nas unidades de saúde. São grupos – compostos por profissionais da saúde, população e familiares – que discutem temas diversos, criando uma grande rede de apoio único e multidisciplinar.
Além disso, o Centro de Atenção Psicossocial (Caps) II, referência no município na área, recebe casos que são encaminhados pelas unidades de saúde, Ministério Público e por livre demanda. O serviço de saúde atende adultos a partir dos 18 anos e conta com uma equipe multidisciplinar de profissionais, que desenvolve ações de acolhimento, atendimentos individuais, visitas domiciliares e atividades integrativas.