Cristian Wasem, de Cachoeirinha, apoia aliança do MDB com Eduardo Leite (PSDB); Luiz Zaffalon, de Gravataí, não.
Só Cristian compareceu a reunião de prefeitos e vices emedebistas que, na noite de segunda-feira, aprovou a coligação por 52 votos a 10.
– Como não passou o nome do Alceu Moreira, entendo que o Eduardo Leite está seguindo o trabalho do Sartori e, assim, a coligação é melhor rumo – argumenta André Lima, presidente do MDB de Cachoeirinha e aquele que chamo ‘primeiro-ministro informal’ do governo interino.
Em Cachoeirinha, o PSDB do presidente Daniel Morethson abriu apoio na semana passada a Cristian na nova eleição de 30 de outubro.
Já Zaffa segue a posição de seu ‘Grande Eleitor’, o ex-prefeito Marco Alba, um ‘Anti-Leite’, e da deputada estadual Patrícia Alba, que apoiam uma candidatura própria e são contrários ao partido indicar Gabriel Souza como vice.
– Sou contra. Mas não participei. Integro o Grupo de Prefeitos e Vices do MDB, com uns 180 participantes. Eu e mais uns 5 ou 6 no grupo éramos contra a aliança – lamenta o prefeito de Gravataí.
– O prefeito do interior tem uma situação diferente da nossa das maiores cidades; e foram muito ajudados pelo governo Leite em repasses, acessos asfálticos, programas, pagamentos de contas atrasadas e etc. Vários dizem que em qualquer decisão do MDB, apoiarão Leite. Muitos querem apoiar Lula e percebem que com Leite será o caminho no segundo turno – conta Zaffa.
– O Gabriel é bem quisto no grupo e muitos o percebem com grande futuro, porém não decolou e não fez alianças; tudo isto pesa e são vários outros os fatores em discussão. Fato é que os a favor da aliança são imensa maioria. Pesou também o apoio à aliança pelos deputados estaduais e federais. Enfim, é uma boa discussão da democracia – conclui, referindo o apoio da bancada, exceto Patrícia.
Ao fim, concluo como em Patrícia Alba dá voto ‘Anti-Leite’ no MDB; ‘Madrinha’ de Tebet segue movimento de Marco Alba: a convenção do MDB acontece dia 31 e a tendência – quase certeza – do momento é Gabriel ser vice de Leite, como Marco Alba sempre alertou, e reportei em artigos como o de 28 de abril O Marco Alba falou, o Marco Alba avisou, quando escrevi assim: “… Marco Alba pode ter sofrido uma derrota momentânea no que chamou de “golpe” na escolha de Gabrielzinho como candidato a governador. Mas, se Leite concorrer, o MDB restará morto na eleição estadual de 2022…”.
O jogo de cena da candidatura própria do MDB e os disse-que-disse-que-não-disse-o-que-disse de Leite me lembram uma do Millôr, sobre traição: “Um dia um de seus seguidores o traiu. Um só. Quer dizer, um só porque a traição deu certo. Os outros onze estavam só esperando a vez”.