O prefeito Cristian Wasem (MDB) fez visita técnica ao Conjunto Habitacional Dois Irmãos II, em Porto Alegre, buscando referências para o projeto que prevê a construção de 300 unidades em Cachoeirinha para reassentar famílias atingidas pelas enchentes de 2024. O modelo de condomínio visitado é similar ao articulado pela gestão municipal, que doa áreas e tem financiamento do programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal.
Acompanhado pela primeira-dama Fabi Medeiros, pela secretária municipal de Habitação, Neka Fagundes, e pelo vereador Tiago Eli, o prefeito inspecionou as instalações do conjunto existente, na capital gaúcha, avaliando soluções que podem ser replicadas em Cachoeirinha. “Ver de perto um projeto concluído e em funcionamento é fundamental para garantir que possamos oferecer o melhor possível às nossas famílias que tanto sofreram”, disse.
A ação em Porto Alegre ocorre paralelamente a uma movimentação urgente na esfera legislativa de Cachoeirinha. A Prefeitura encaminhou à Câmara de Vereadores, em regime de urgência, o projeto de lei que autoriza a doação de quatro áreas públicas municipais para viabilizar o “Projeto Romênia”.
As áreas, localizadas em pontos estratégicos – duas no Sítio Ipiranga, uma na Granja Esperança e outra no bairro Central Park – serão destinadas à Associação de Moradores Santa Rosa, de Taquara, entidade responsável pela execução das obras no âmbito do Minha Casa, Minha Vida.

Batizado em homenagem a um bairro da cidade, o “Projeto Romênia” é considerado o segundo maior programa habitacional da história de Cachoeirinha, superado apenas pelo Conjunto Chico Mendes. Com um investimento estimado em R$ 45 milhões, a iniciativa promete gerar cerca de 250 empregos diretos durante os 18 meses previstos de construção.
A secretária Neka Fagundes detalhou o público prioritário: “Estas 300 unidades beneficiarão moradores de áreas de risco já mapeadas, famílias desabrigadas pelas enchentes que hoje dependem do Aluguel Social, e residentes da região conhecida como ‘das Antenas’, próxima a redes de alta-tensão”. Ela enfatizou o compromisso com a economia local: “Conseguimos garantir que a mão de obra seja prioritariamente local e que a maioria dos materiais seja adquirida em estabelecimentos de Cachoeirinha”.
Fagundes explicou que a fragmentação do projeto em quatro áreas distintas decorre da escassez de grandes terrenos adequados no município. As famílias beneficiárias já estão cadastradas pela Secretaria de Habitação e passam por atualização cadastral. Enquanto isso, os trâmites de licenciamento municipal devem levar entre quatro e cinco meses.






