RAFAEL MARTINELLI

Prefeito Cristian e Delegado, mais que Onze Unidos em Cachoeirinha; Como Ler o Pato Donald

Sexta-feira revelei encontro entre o prefeito interino, Cristian Wasem (MDB), seu ‘primeiro-ministro informal’ e presidente do partido, André Lima, e o Delegado João Paulo (PP), também candidato na eleição suplementar, marcada para 30 de outubro após a cassação do prefeito Miki Breier (PSB) e do vice Maurício Medeiros (MDB) pelo abuso de poder político e econômico na campanha pela reeleição em 2020, em Cachoeirinha.

Dois acontecimentos seguintes parecem manter viva a chance de uma aliança.

Escrevi:

– Vem para a sombra – é o convite para João Paulo.

Aguardemos para ver se a ‘sombra’ do Delegado será o QG de ser vice do candidato que tem o poder nas mãos, ou será espartana; a da Batalha das Termópilas, em 480 a.C.

Para quem tem preguiça de ir ao Google, é a lenda aquela do filme.

Quando persas ameaçavam invadir a Grécia e “escurecer o céu com flechas mortais”, o rei Leônidas respondeu: “Excelente, agora lutaremos na sombra!”.

Quando entrevistei o Delegado para EM VÍDEO | Delegado João Paulo fala tudo; ’O crime organizado não pode tomar de assalto a política em Cachoeirinha’, disse-me ele que tem sido convocado, e sente uma obrigação de ser candidato, para tentar mudar a fama da Cachoeirinha ‘CEP de bandidos’.

– Se Cachoeirinha não me quiser como prefeito nessa eu largo – disse-me.

Antes da má-interpretação, não estou incluindo o prefeito Cristian no logradouro dos feitos ou mal-feitos, provados ou não, dos políticos e suas facções em Cachoeirinha. Apenas antecipo que o Delegado é candidato ou não entra mais em casa, não é Dona Claudine?

Sigo.

Dona Claudine leu e me mandou whatsapp dizendo que a relação entre ela e o marido é de mútuo respeito às decisões individuais.

Já neste domingo, Cristian, o Delegado e apoiadores dos dois políticos posaram juntos para foto no Costelão do Onze, no clube Onze Unidos, base eleitoral do prefeito interino.

Na política não há coincidências.

Reputo a leitura provável é que ambos têm pesquisas e temem, sem uma união, não conseguir buscar o favorito Dr. Rubinho (União Brasil), que perdeu a eleição por apenas 318 votos e hoje tem o apoio não só de bastidores, mas público, do ex-prefeito José Stédile (PSB), sempre um ‘Grande Eleitor’ por pontear as pesquisas espontâneas, entre altos e baixos de popularidade e rejeição.

Ao fim, na ‘Terra do Miki’, lembrou-me “Para Ler o Pato Donald”, de Mattelart e Dorfman, crítica panfletária ao modelo Disney de “dominação do mundo”, do “centro para periferia”, da influência do “american way of life” sobre o “bom selvagem”.

Com o perdão do trocadilho, precisam medir bem o cenário para, ao esperar muito tempo para que o outro desista de ser prefeito para aceitar o vice, não tenham tempo de explicar a aliança e acabem Patetas, herdando de cada um apenas o que não agrada o eleitor e permitindo a condição de ‘anti-Miki’ apenas para o “bom selvagem”, no caso, Dr. Rubinho.

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