O prefeito Luiz Zaffalon (PSDB) abriu mão do processo que movia contra a vereadora, presidente municipal do PSD e procuradora especial da mulher da Câmara de Gravataí, Anna Beatriz da Silva (PSD), que o acusou de ser “conivente” no caso do escândalo sexual na Prefeitura, em que assessora denunciou secretário municipal próximo ao prefeito por assédio.
O vereador Paulo Silveira (PSB) também é processado por Zaffa por calúnia, injúria e difamação ao tratar sobre o comportamento do prefeito na denúncia; leia o último artigo sobre o caso em Zaffa nega que soubesse de assédio sexual na Prefeitura de Gravataí e devolve críticas de Patrícia Alba: “Quantas demissões o senhor Alba fez? É politicagem com coisa séria”; Casa Lilás vai virar Secretaria.
O valor das duas ações, que correm em segredo de justiça, superaria os R$ 20 mil em indenizações.
A existência da ação foi revelada pelo Seguinte: em O rebote da reunião que aproximou adversários de 2020: vazou que Zaffa processa vereadora esposa de Dimas por postar que prefeito foi “conivente” em caso de assédio sexual na Prefeitura de Gravataí.
Reproduzo trecho do documento e, abaixo, sigo.
É mais um elemento para a ‘fofoca interminável’ sobre uma aproximação entre Zaffa e Dimas Costa (PSD), secretário estadual dos Esportes, segundo colocado na eleição para a Prefeitura em 2020 e marido de Anna, o que analisei em artigos como A reunião de 2h entre Zaffa e Dimas e a fofoca interminável em Gravataí e A fofoca interminável: Zaffa e Dimas juntos mais uma vez em inauguração de obra; Os ‘dois prefeitos’ nos elevadores da política de Gravataí.
Dimas tem negado o ‘MarxDonalds’ 2024, ou qualquer coisa além de uma aproximação institucional com o prefeito da cidade mais importante do PSDB de seu chefe maior, o governador Eduardo Leite.
Tem dito sempre que é candidato a prefeito e segue conversas com o ex-prefeito Daniel Bordignon (PT).
Mas que Zaffa tem emitido sinais, inegável é.
Não consta que a ação contra Paulo Silveira, opositor ferrenho, tenha sido retirada.
Ao fim, às vésperas de ano eleitoral, aqui, em Brasília ou em qualquer aldeia, a ferradura ideológica sempre entorta um pouco, ou muito, sob a torquês do pragmatismo.
Normal políticos olharem para o espelho, alarmados: “E se a vida for do outro lado?”
