As 37 escolas municipais de Cachoeirinha tiveram danos em função do temporal ocorrido há uma semana. Conforme levantamento da Secretaria Municipal de Educação (SMED), são mais de R$ 2 milhões de prejuízo. Nesta terça-feira, um decreto assinado pelo prefeito Cristian Wasem liberou recursos extraordinários para obras e serviços de reconstrução.
A projeção é de que as 15 escolas de Educação Infantil, 21 de Ensino Fundamental e o Centro Municipal de Atendimento Educacional Lampadinha (CMAEL) estejam recuperadas até o início do ano letivo, em 15 de fevereiro para a educação infantil e no dia 19 para as séries finais e Educação de Jovens e Adultos (EJA).
De acordo com a secretária de Educação Isabel Fonseca, na quarta-feira, 17, dia seguinte ao temporal, foram montados grupos de trabalho que se dividiram entre as escolas para fazer um levantamento de perdas.
– Todas as nossas escolas foram afetadas de alguma forma, seja com queda de árvores, goteiras, quebra em estruturas das quadras, parques, caixas d’água. Em muitas delas, para evitar perdas de materiais, foi preciso fazer a remoção de equipamentos. O trabalho foi intenso, mas isso evitou maiores danos – disse.
Os maiores danos foram registrados nas escolas Jardim do Bosque, que perdeu parte do seu telhado; Portugal, com a queda de uma árvore que danificou salas e estruturas, além da Nossa Senhora de Fátima, onde árvores caíram na entrada da instituição.
Seis escolas que passam por ampliação também tiveram danos, que serão reparados pelas equipes que já estavam trabalhando no local.
Escolas terão autonomia para uso de verba
Engenheiros que fazem parte da SMED elaboraram um relatório de perdas e, com ele, foi possível a publicação de um decreto de emergência para a liberação de recursos extraordinários para a escola por meio da descentralização financeira.
– Isso significa que os recursos foram liberados para as escolas de acordo com o volume de perdas e elas têm autonomia para contratar os serviços de recuperação, não sendo necessário esperar que a secretaria faça isso. Desta forma, o trabalho é mais ágil. Ainda na semana passada, muitas escolas já estavam tendo seus danos reparados. As que ainda não estão fazendo é por dificuldade em encontrar mão de obra, visto que toda a cidade foi afetada e está faltando trabalhadores, principalmente da construção civil neste momento – explica a secretária.
Árvores deverão ser avaliadas
Em muitas escolas, as quedas de árvores foram as responsáveis pelos maiores problemas.
Há pouco tempo, as secretarias de Educação e de Meio Ambiente haviam feito vistoria na arborização de escolas para verificar a segurança delas.
– Infelizmente, a tempestade da última semana foi muito grande com ventos fortes demais, ocasionando o problema. Pretendemos fazer uma nova força-tarefa para verificar as árvores que permaneceram a fim de observar a segurança que elas oferecem – disse.