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Presidente interino confirma: não viaja mais

Alex Tavares, na saída do plenário da Câmara no dia da posse

A volta na Terra em milhagens acumuladas pela Câmara não aumentará no que depender de Alex Tavares (PMDB).

O vereador não vai mais afivelar o cinto e fazer o sinal da cruz como entre 2013 e 2016, quando recebeu R$ 47.503,77 em diárias (de um custo total de R$ 70.468,38 aos cofres públicos, somando passagens aéreas) que lhe renderam o terceiro lugar no ranking dos gastos em Gravataí.

 

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E, como o Seguinte: aventou em reportagem publicada nesta segunda, o por 70 dias chefe do legislativo municipal vai apelar para que os vereadores não apresentem requerimentos pedindo autorização para, recebendo diárias e com passagens pagas, participar de congressos dentro ou fora do Rio Grande do Sul.

– A população não quer que viajemos. É simples – explica o vereador que, assumindo a vice-presidência domingo, ascendeu ao comando da Câmara com a ida do presidente Nadir Rocha (PMDB) à Prefeitura para exercer mais uma vez o papel do ‘camerlengo da Sé vacante’ até as novas eleições de 12 de março.

 

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– O momento que o país atravessa recomenda toda e qualquer economia – complementa o cabeleireiro e radialista que, após ter a candidatura lançada por Roberto Andrade (PP), um defensor das viagens, levantou suspeitas de que o CâmaraTur bombaria como entre 2013 e 2016, quando mais de R$ 300 mil foram para os ares e os 21 vereadores de Gravataí gastaram mais que os 55 de São Paulo, a maior câmara do país.

 

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Eleito em 2012 na sua quarta tentativa e reeleito em 2016 com 172 votos, Alex vai apelar aos colegas para que evitem levar viagens a votação, pelo menos nas 16 sessões em que estará sentado na cadeira principal do plenário.

– Acredito que o vereador que apresentar arrisque passar pelo constrangimento de ter a viagem reprovada pelo plenário. Mas é direito de cada parlamentar fazê-lo. Não há impedimento legal. A previsão das viagens consta no Regimento Interno da Câmara – argumenta, lembrando que não revelou antes da eleição a decisão de não viajar mais.

– Seria visto com demagogia – avalia o vereador que não esconde seu passado de viagens a cursos e congressos.

– Era outro momento vivido pelo país. E me qualifiquei, aprendi muito. Principalmente em Brasília, que é o coração da política. Mas, como representante dos eleitores de toda cidade, vou obedecer a vontade popular que não quer mais viagens na Câmara.

A decisão de Alex é uma prova de que a voz do eleitor, e sua fiscalização de facebook, podem ser ouvidas pelos políticos.

Parabéns ao vereador.

 

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