Na detenção sem pirotecnia, ex-deputado negociou com policiais para se entregar
A pirotecnia que costuma cercar prisões e conduções coercitivas de políticos e megaempreiteiros brasileiros nos últimos tempos esteve longe de ocorrer nesta quarta-feira, quando o ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi preso em Brasília sob a suspeita de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Acusado no âmbito da Lava Jato, o ex-presidente da Câmara dos Deputados que impulsionou o impeachment de Dilma Rousseff (PT) negociou termos mínimos para se entregar ao policiais federais, como vestir-se de terno, o figurino que preferia até para reuniões informais em sua casa, no auge do seu poder. A cena de um enfadado Cunha embarcando rumo à Curitiba, a capital que concentra as investigações do escândalo da Petrobras, durou pouco, mas foi suficiente para mergulhar Brasília, de novo, em burburinho e ansiedade. Centenas de políticos comentaram a possibilidade de o peemedebista firmar um acordo de colaboração com o Ministério Público Federal e delatar seus aliados em supostos esquemas de corrupção. Não faltou na bolsa de apostas as possíveis implicações da prisão para o Governo do seu correligionário de partido, Michel Temer.
Leia a reportagem completa de El País clicando aqui.