ato do b.o.

Professores registram ocorrência policial contra Sartori

Professores no Ato do B.O. na 1ª Delegacia de Polícia Civil, no Centro de Gravataí

Gravataí puxou a fila do ‘Ato do B.O.’, onde professores estaduais registraram ocorrência contra o governador José Ivo Sartori (PMDB) por assédio moral e ‘tortura psicológica’, devido ao parcelamento dos salários.

Como Seguinte: antecipou ontem, a mobilização do 22º Nucleo do Cpers/sindicato se espalhou também por Glorinha, Cachoeirinha, Viamão e Alvorada.

– O parcelamento de salários, que já está no nono mês consecutivo, tem consequências reais no dia-a-dia dos trabalhadores impedindo de honrar as contas e prover a subsistência da família – argumenta Helena Policeno, diretora do núcleo, que estava acompanhada de cerca de 30 professores.

 

Boletins citam Sartori nominalmente

 

Os boletins citam nominalmente o governador José Ivo Sartori por prática de assédio moral.

A ideia inicial era criar boletins individuais onde cada professor pudesse documentar as dificuldades que enfrenta com o parcelamento, porém, em uma conversa com o delegado responsável, o grupo aceitou o registro único.

– A que ponto tu tem que chegar, ir para frente de uma delegacia para conseguir aquilo que é nosso. É humilhante – disse a professora de rede estadual Letícia Coelho Gomes.

– Vamos denunciar a tortura psicológica que estamos sofrendo, pois além do parcelamento dos nossos salários, ainda somos pagos à conta gotas, sem nem ao menos nos informar datas e valores – explicou a presidente do Cpers, Helenir Aguiar Schürer.

 

Isso é um assalto!

 

De acordo com o Cpers, o número de professores registrando BOs é expressivo, embora ainda não haja uma estimativa oficial. A ideia da ação é chamar a atenção do governo e deixar registrado o impacto dos parcelamentos na vida de trabalhadores.

– Quando alguém é assaltado faz registro, isso é assalto também. Quem trabalha tem direito a receber no final do mês. Esses boletins são para mostrar que o governo do Estado está cometendo um crime, está descumprindo uma ordem judicial – afirma o professor Ênio Manica, diretor de comunicações do sindicato.

 

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