coluna do silvestre

Protesto dos caminhoneiros faz a fábrica da GM entrar em colapso

Linha de montagem na fábrica da General Motors de Gravataí parou nesta terça por falta de componentes e por problemas de logística, segundo nota da empresa

A mobilização nacional dos caminhoneiros iniciada nesta segunda-feira (21/5) em protesto contra os sucessivos e frequentes aumentos no preço dos combustíveis, especialmente os do óleo diesel e da gasolina, já está afetando a economia de Gravataí.

A principal arrecadadora de impostos da aldeia dos anjos, a General Motors (GM), divulgou nota nesta manhã anunciando a suspensão da produção de suas linhas de montagem que colocam nas ruas os modelos Onix e Prisma. Segundo o comunicado, já está faltando peças para fabricação do carros.

Outra razão alegada pela montadora que está com os pátios cheios diante de uma queda nas vendas, provocada pelo recrudescimento da crise econômica nacional, é que os cegonheiros (motoristas das carretas que transportam os automóveis até as lojas) também aderiram à mobilização.

Sem ter como fabricar e, mesmo que pudesse produzir, sem ter onde armazenar, a saída foi paralisar as linhas de montagem, medida que impacta diretamente nas quase 20 sistemistas-fornecedoras do Complexo Industrial Automotivo de Gravataí (Ciag). A nota da GM é lacônica e não fala em prazo para retomada da produção.

 

NA ÍNTEGRA

 

“A GM informa que o movimento dos caminhoneiros está impactando o fluxo logístico em suas fábricas no Brasil, com reflexo nas exportações. Com a falta de componentes, as linhas de produção começam a ser paralisadas e também estamos enfrentando dificuldades na distribuição de veículos à rede de concessionárias.”

 

Os aumentos

 

Um novo reajuste nos preços do diesel e da gasolina, válidos nas refinarias a partir desta terça-feira (22/5, foi anunciado ontem pelo governo). Com isso, a gasolina subiu 0,9% e o diesel 0,97%. Com a alta, o preço da gasolina passou a custar, hoje, R$ 2,0867 nas refinarias, enquanto o do óleo diesel aumentou para R$ 2,3716.

Foi o 11º aumento do preço da gasolina nos últimos 17 dias. A exceção se deu entre 12 e 15 deste mês quando a Petrobras interrompeu a sequência de altas e manteve o preço da gasolina em R$ 1,9330, e de 19 a 21 quando os preços passaram para R$ 2,0680. Ao longo do mês de maio, o preço da gasolina subiu 16,07%.

 

1 – A gasolina

O produto iniciou o mês custando R$ 2,0877 nas refinarias, sem a incidência de impostos e o último aumento havia entrado em vigor sábado passado (19/5) quando o litro da gasolina passou a custar R$ 2,0680.

 

2 – O óleo diesel

Já o óleo diesel acumula alta de 12,3% desde 1º de maio. Com o aumento de sábado passado passou para R$ 2,3716. O de hoje é o sétimo aumento consecutivo do produto.

 

Redução no preço

 

Em meio aos protestos deste começo de semana a Petrobras chegou disse nesta terça-feira que adotou uma nova medida: redução de 1,54% – após sete aumentos consecutivos. A partir de amanhã, quarta-feira, o diesel custará nas refinarias R$ 2,3351.

 

 

 

 

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