RAFAEL MARTINELLI

PSB, após 2 décadas no governo, deve liberar filiados na nova eleição de Cachoeirinha; ‘Somos os leprosos da vez, né?’

Glênio Carneiro é presidente do PSB de Cachoeirinha

O PSB deve liberar seus filiados para apoiar diferentes candidaturas na nova eleição de Cachoeirinha que acontece em 30 de outubro. Na real, as principais lideranças já escolheram candidatos e ninguém quer coligação formal com aquele que há 20 anos é o maior partido local, com três prefeitos eleitos: José Stédile, Vicente Pires e Miki Breier.

– Somos o leproso da vez, né? Mas a política é feita de ciclos – reconhece Glênio Carneiro, presidente até 2024, referindo-se ao ‘contágio’ do 40, número do PSB, pelas denúncias, o afastamento por suspeitas de corrupção e a cassação de Miki por abuso de poder econômico e político.

– Qualquer decisão até este momento é individual. O Cristian optou por formar, como escreves, a ‘República dos Vereadores’, e não respeitar as siglas – disse o presidente, que articula a liberação dos filiados em reunião que deve acontecer nesta semana.

Os vereadores do partido, Gelson Braga e Gilson Stuart, apoiam o prefeito interino Cristian Wasem (MDB) e tem mais de uma dezena de cargos na Prefeitura.

– Como presidente respeito as instâncias. O que posso dizer é que apoio do Stédile para deputado estadual. Saímos muito fragilizados e ele representa o resgate do partido em Cachoeirinha – responde, confirmando a parceria com o ex-prefeito José Stédile, que apoia Dr. Rubinho (União Brasil) na eleição suplementar, mesmo caminho que seguem os primeiros suplentes de vereador Joaquim Fortunatto, Valdir Mattos e Flavinho Cabral.

Pelo que apurei, além de apoios a Cristian e Rubinho, há inclusive filiados que vão apoiar David Almansa (PT), pela aliança Lula-Alckmin.

Ao fim, com toda licença aos crentes, lembrou-me a cura dos 10 leprosos, história bíblica na qual apenas um, o samaritano, volta para agradecer, e ouve de Jesus que só aconteceu porque teve fé.

Os outros nove também foram curados, mas não exerceram a gratidão. Foram embora após ter suas emergências resolvidas.

Na política isso é bem comum.

Sem nenhum Jesus, ou cura, por óbvio.

Participe de nossos canais e assine nossa NewsLetter

Facebook
WhatsApp
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Conteúdo relacionado

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Receba nossa News

Publicidade