ex-petistas

PT não elegeu, mas ex seriam maior bancada

Desde 1988, essa é a primeira eleição que o PT de Gravataí não elege sequer um vereador. Mas ex-petistas, se formassem um partido, seriam a maior bancada da Câmara

 

Dos 21 vereadores que compõe a próxima legislatura, seis são ex-petistas. Quatro reeleitos, um que volta depois de quatro anos e uma eleita pela primeira vez.

Nada a se estranhar: o PT ficou 15 anos no poder em Gravataí. Antes, só o PMDB dos anos 70/80 havia conseguido coisa parecida, uma dinastia. Virou um imã para o poder, atraiu lideranças e formou outras – que, agora, tem mandato por outras siglas.

O Seguinte: ainda arrisca, para cada um, um palpite: voltariam para o PT? Confira:

: Peixe com um eleitor em atividade em Águas Claras

 

Alex Peixe (PDT) – Foi eleito vereador em 2012 pelo PT, que chegou a presidir até o final do ano passado. Peixe é filho do ex-vereador Carlinhos Medeiros, que também já havia pulado dos galhos do PDT, do PTB e do PT, onde ficou por mais tempo.

Peixe deixou o PT na janela de março para ser o vice de Daniel Bordignon, concorrer a deputado e ser seu sucessor em 2020. Ilhado nas articulações pelo presidente do partido, Cláudio Ávila, viu-se obrigado a concorrer a vereador de novo para manter o espaço político.

Voltaria para o PT? Talvez.

 

: Dimas em selfie tirada nos últimos dias de campanha

 

Dimas Costa (PSD) – Deixou o PT no finalzinho da janela de março quando a saída de Daniel Bordignon era iminente. Aceitou o convite do irmão, Dilamar Soares, para engrossar as fileiras do anabolizado PSD, que viria a disputar a eleição com candidatura própria – Levi Melo – e eleger uma bancada de três vereadores.

Dimas é vereador eleito menos "a vontade" no seu partido, especialmente com as aproximações com o PDT de Bordignon.

Voltaria para PT? Talvez.

 

: Rosane em atividade de campanha

 

Rosane Bordignon (PDT) – Esposa de Daniel Bordignon, atuou por quase 30 anos na direção do partido na cidade. Professora, sindicalista, socialista. Deixou o PT no momento de maior fragilidade da sigla em Gravataí e concordou em concorrer a vereadora pelo PDT, embalada pelo nome do marido e pela militância que construiu.

Também já foi presidente do PT, em 2005.

Voltaria para o PT? Não.

 

: Dilamar foi do PT por um período em que era conselheiro tutelar

 

Dilamar Soares (PSD) – Dilamar teve uma curta passagem pelo partido entre os anos de 2007 e 2009, quando era conselheiro tutelar. Amigo do ex-secretário de Captação de Recursos Calebe Guimarães e do ex-prefeito Sérgio Stasinski, foi convidado por eles depois que o PMDB de Marco Alba não fechou questão sobre o apoio ao seu nome na eleição para o Conselho, naquela época.

Saiu para uma curta passagem pelo PDT, a convite do ex-vice-prefeito Décio Becker.

Em seguida, Dilamar voltou para o PMDB, onde conseguiu eleger-se vereador na primeira eleição que disputou, em 2012.

É o cara da formação da nominada do PSD e dono da conversa que convenceu Levi Melo a seguir o mesmo caminho que ele próprio seguiu – só que para concorrer a prefeito.

Voltaria para o PT? Não.

: Airton (e) com a esposa Edilene "tietando" o escritor Fabrício Carpinejar  na Feira do Livro

 

Airton Leal (PV) – É o único caso entre os 21 eleitos que já foi vereador, ficou de fora e volta na próxima legislatura. Começou sua carreira política em 1992, elegendo-se vereador pelo PTB, na época. Depois, foi para o PMDB. No finalzinho de 1998, numa eleição para presidência da Câmara em que Marco Alba e Daniel Bordignon puseram seus aliados em campos opostos na disputa, pendeu para o lado do PT, rompeu com Marco e filiou-se ao partido, pouco tempo depois.

Ficou no PT até 2012, quando não teve votos para reeleger-se. É o primeiro suplente da bancada, hoje – mas terá mandato a partir do ano que vem, pelo PV.

Voltaria para o PT? Hoje, não.

 

: Paulo com a esposa Ana Luíza em evento da campanha de segundo turno em Porto Alegre

 

Paulo Silveira (PSB) – Era do PT no início dos anos 2000 – assim como Miki Breier, prefeito eleito de Cachoeirinha, e Anabel Lorenzi, hoje todos no PSB. Conheceu sua esposa, Ana Luíza, lá.

Em 20005, quando surgiram os primeiros escândalos envolvendo nomes de petistas ao mensalão, Miki deixou o partido junto com staff superior do governo em Cachoeirinha. Havia, na época, uma necessidade de se descolar do PT, que havia eleito uma direção local distante da vontade de José Stédile, então prefeito da cidade.

A situação afetou Gravataí. Anabel, em seguida, também saiu do partido. Paulo e Ana Luíza foram junto.

Depois de participar do governo de Acimar da Silva (PMDB), em 2011, concorreu a vereador em 2012 e se elegeu pela primeira vez pelo PSB.

Voltaria para o PT? Não.

 

Participe de nossos canais e assine nossa NewsLetter

Facebook
WhatsApp
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Conteúdo relacionado

Receba nossa News

Publicidade