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PV, o patinho feio apóia Marco

Prefeito Marco Alba foi até reunião com direção e pré-candidatos do PV, no Hotel Radar

O PV oficializará na convenção de julho o apoio à reeleição do prefeito Marco Alba (PMDB).

– Pode colocar que o patinho feio vai ter posição fechada em apoio ao Marco – confirma o vereador e presidente estadual dos verdes, Márcio Souza, brincando a denominação dada pelo Seguinte: ao partido na reportagem “PV, o patinho feio”.

 

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Confira trechos da entrevista com Márcio, que comanda o partido em Gravataí ao lado do ex-prefeito Sérgio Stasinski.

 

Seguinte: – As informações eram de que havia dúvidas entre pré-candidatos do PV em relação a conveniência de permanecer no governo e confirmar apoio ao prefeito Marco Alba. Isso foi resolvido?

Márcio – Convidado, o prefeito fez um balanço do governo e apresentou suas estratégias aos nossos pré-candidatos. Havia questionamentos sim, principalmente pela falta de alguns serviços durante os três anos e meio de governo. Marco foi muito persuasivo ao demonstrar as dificuldades impostas à Prefeitura pela crise econômica e política que o país enfrentou, e enfrenta. Ele sustentou a opção que fez por pagar os salários em dia, e agora poder oferecer 8,34% de reposição ao funcionalismo, enquanto outras cidades atrasam ou parcelam salários. Mostrou que conseguiu livrar Gravataí de contas e pendências antigas, que impediam a captação de financiamentos, por exemplo. E está conseguindo fazer investimentos importantes. Todos concordaram que foi correta a prioridade para manter os serviços de saúde funcionando, entregar uniformes escolares aos 27 mil alunos e não cortar investimentos nas áreas sociais. Ninguém contesta que a cidade, as pessoas, merecem mais. Mas é preciso ser realista, responsável. E isso o prefeito foi, diminuindo o custo da máquina pública, cortando privilégios e preparando a cidade para um novo momento, que devolve as esperanças para a população. Sobre o apoio à reeleição, posso te garantir que mais de 90% do partido quer ficar com Marco. Dos nossos mais de 30 candidatos, havia seis, sete, com dúvidas. Hoje se houver um, é muito. Não vínhamos participando de algumas atividades do governo e de organização da campanha porque ainda não tínhamos feito essa conversa do prefeito com os pré-candidatos. Tínhamos questionamentos e queríamos deixar a base decidir. Mas o partido estará unificado na defesa da candidatura. O patinho feito estará com o Marco.

 

Seguinte: – Concordas que o PV foi o ‘patinho feio’ do governo, já que tem dois vereadores, mas sempre teve menos secretarias e cargos do que outras siglas com apenas um vereador, como o PP, ou nenhum, como o PTB?

Márcio – Matematicamente falando sim. Isso é claro para nós. O fato de ter menos espaço torna verdadeira a análise de que somos uma espécie de ‘patinho feio’. Principalmente porque fomos, depois do PMDB do prefeito, o partido que mais contribuiu com o governo. Com o aval do partido, assumi a liderança do governo no pior momento. Mas estávamos conscientes de que era o melhor para a cidade. Enfrentei, enfrentamos nossa base social, nos indispomos com parte do funcionalismo, com professores. Então acho que não restam dúvidas de que agimos pelo que consideramos o melhor para a cidade e não nos movimentamos por cargos. Somos o partido com menos cargos e funções na Prefeitura. É preciso quebrar essa lógica das alianças por interesses. O PV está nessa desde o primeiro momento, quando apostamos na experiência do Marco para enfrentar uma crise que alertávamos se avizinhar, sabíamos que Dilma levaria o país e o PT a uma crise. Que só não imaginávamos desse tamanho. E o Marco se mostrou preparado para passar por esse período.

 

Seguinte: – Houve assédio de outras candidaturas antes dessa definição do PV?

Márcio – Se fosse por cargos, por relações construídas na velha política, não estaríamos com o Marco. Outros setores nos ofereceram espaços e estruturas mais generosas. Mas nem falamos com o prefeito sobre cargos, ou espaços. Sabemos que um partido como nosso, com experiência e relevância, ao natural vai crescer e assumir grandes responsabilidades num segundo governo. Não gosto da palavra assédio porque parece algo indevido. Mas conversamos com vários partidos, com agentes políticos, ouvimos o que tinham a dizer, sem criar expectativas. Chegamos à conclusão de que o Marco continua sendo o melhor caminho. Vivemos um quadro instável, onde saberemos quem vai ou não concorrer no último momento, de novo. E sobre algumas candidaturas ninguém tem certeza sobre suas qualidades políticas e administrativas.

 

Seguinte: – O PV sai com nominata completa de pré-candidatos à Câmara, ou articula alianças com outros partidos da base?

Márcio – Vamos com nominata cheia pela primeira vez. Já temos 30 pré-candidatos, dos 32 possíveis, inclusive com as mulheres. Aproveito o espaço para convidar filiados que tenham interesse em concorrer. Há duas vagas.

 

Seguinte: – O cálculo é ter quantas cadeiras na Câmara a partir de 2017?

Márcio – Não há consenso sobre o coeficiente eleitoral. Há muita desilusão com a política, sobretudo pelos escândalos de Brasília, explorados diariamente pelas mídias. Isso vai gerar um efeito negativo no voto proporcional, para vereador. Na última eleição a cada seis mil e poucos votos entrou um vereador. Nesta deve subir para mais de 7 mil. Mas seguramente vamos manter as duas cadeiras que temos. Buscamos nos estruturar para colocar um terceiro e sonhamos com uma quarta vaga. Em 2012 tivemos dois eleitos, o que muitos julgavam impossível, como ninguém acreditava termos um deputado estadual, como aconteceu em 2014. No fim de semana reuni 316 adultos, que chamo de multiplicadores, onde calculamos cada um ter seu voto e mais nove. Em reuniões assim já cheguei a mais de mil pessoas. Nesse processo de prestação de contas do mandato percebo na prática as boas perspectivas que temos nestas eleições.

 

Seguinte: – O PV apóia alguém para vice de Marco?

Márcio – Não. O PV não tem opinião sobre quem deva ser o vice. Tínhamos opinião sobre quem não deveria ser.

 

Seguinte: – Alguém indicado pelo atual vice-prefeito Francisco Pinho (PSDB), que saiu do governo.

Márcio – (um breve silêncio e um sorriso de confirmação) Isso está resolvido. Qualquer que seja o escolhido terá nosso aval. Não reivindicamos o vice, como lá atrás definimos que não teríamos candidato próprio. Mas, anota aí: em 2020, quando devemos ter eleições com segundo turno em Gravataí, o PV terá candidatura à Prefeitura. Os verdes amadurecem essa idéia (ri).

 

: Márcio Souza em sua prestação de contas do mandato no CTG Aldeia dos Anjos

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