coluna do silvio

Quando a série faz mais do que entreter!

Outro dia estava calculando quanto tempo eu gasto vendo filmes e séries. Pode não parecer tanto assim, mas na soma dos tempos o valor é mais do que suficiente para aprender uma nova língua por ano!

O problema não é ver séries, mas se tornar um zumbi em frente a tela (da tv, computador ou celular) sem que isto te acrescente alguma coisa. Não significa que ela não vá ser divertida ou intrigante, mas as vezes não são nem isto, e mesmo assim possuem uma fórmula suficientemente boa para te manter assistindo, nem que seja pela esperança de que vai melhorar, só que as vezes isto não acontece.

É claro que seria ótimo destinarmos um tempo para documentários, vídeos sobre como as coisas são feitas, cultura de uma maneira geral, mas e se pudéssemos unir o melhor de dois mundos, ver séries que sejam mais do que experimentar emoções, e que também te fizesse pensar e aprender?

Algumas produtoras já perceberam que este é um filão interessante e passaram a investir em séries históricas, baseadas em fatos reais, mesmo que com toques de criatividade dos roteiristas mas seguindo uma base realista, permitindo ao espectador conhecer um pouco sobre as diversas épocas e costumes.

Em uma outra corrente ainda mais vanguardista, algumas séries passaram a retratar a realidade de pessoas com transtornos do espectro autista, um assunto que já estava presente em diversos filmes no passado mas que agora alcançam um publico diferenciado e cativo, haja vista que, diferente dos filmes, as séries arrebatam fãs cuja fidelidade permite uma avaliar o sucesso de uma série ao longo do tempo.

Assim surgiram praticamente juntas as séries Atypical (Agosto de 2017) e The Good Doctor (setembro de 2017), ambas em suas terceiras temporadas e com provável nova renovação para o ano que vem. Estas série mostram o dia a dia de um médico (em The Good Doctor) e de um adolescente (em Atypical) que estão dentro do espectro. Apesar da necessidade de ter uma trama que prenda a atenção, como toda boa série precisa ter, as duas séries apresentam situações que condizem com a realidade de quem apresenta estes transtornos, mostrando suas particularidades, removendo estereótipos equivocados como a crença de que o autismo fosse uma doença e que pudesse ser tratado/curado.

As séries também dão uma atenção especial para como proceder para uma convivência em harmonia respeitando a personalidade diferente que de modo geral dificulta o entrosamento social, e que pode complicar relacionamentos amorosos e profissionais, e faz questão de mostrar como se pode agir para reduzir o desconforto destas condições, bem como entender as ações de pessoas no espectro, os valores que damos para algumas coisas simples são diametralmente o oposto para elas, e algo que nem percebemos pode ser um incomodo enorme, algo que pode ser evitado quando se sabe um pouco mais sobre o assunto.

Apesar desta dose de conhecimento que estas séries proporcionam, de modo algum deixam de oferecer uma diversidade de emoções em situações cômicas, dramáticas, intrigantes e oferecem muito mais do que apenas entretenimento para algumas horas, oferecem uma educação para a vida inteira.

 

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