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Quase a metade da água tratada pela Corsan vai fora

Estação de Tratamento de Água de Gravataí produz 25 mil metros cúbicos por dia segundo a Corsan

Confirmado!

Quase a metade da água tratada pela Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) e destinada para Gravataí vai fora ou é consumida irregularmente através de ligações clandestinas, os famosos “gatos”.

É o que diz a Assessoria de Comunicação Social (AsCom) da própria Corsan.

Em Gravataí, somente com vazamentos, a perda é de 12,33% da água tratada. Com os “gatos”, e outros problemas na rede, como o rompimento de canalizações, o índice de perda sobe para astronômicos 44,44%.

A revelação da Corsan se dá depois que o secretário do Governo de Gravataí, Luiz Zaffalon, afirmou ao Seguinte:, há pouco mais de uma semana, que o volume de perda da companhia, na cidade, estava na faixa dos 50%.

— São muitos bairros irregulares na área urbana, ocupações consolidadas e que não tem como remover mais. Nestes lugares tem muita ligação clandestina, mas a Corsan não faz nada para resolver — denunciou o super-secretário, na ocasião.

 

Domicílios

 

Em número de moradias abastecidas com água potável de forma ilegal são cerca de 22 mil (das 90.500 ligações existentes), que a Corsan denomina de economias. Destas, cerca de 12 mil são ligações suspensas – a AsCom não esclareceu o que significa – e mais de 9 mil são imóveis em áreas irregulares.

A Corsan produz aproximadamente 95 mil metros cúbicos por dia, de água potável, na Estação de Tratamento de Água de Cachoeirinha (70 mil metros cúbicos) e Gravataí (mais 25 mil metros cúbicos). Esta água é para as duas cidades.

O volume de água potável consumido irregularmente, apenas este item do montante que vai fora, em Gravataí, chega a 7,4 mil metros cúbicos por dia. Em dinheiro, isso significa uma perda de R$ 1,2 milhão por mês.

 

Procedimentos

 

A pergunta que não quer calar: se a Companhia Riograndense de Saneamento sabe que existe este “vazamento”, porque não adota as medidas necessárias para conter o que é literalmente uma sangria nos cofres da empresa?

De acordo com a AsCom, algums procedimentos vêm sendo adotados para equacionar o problema.

— São realizadas suspensões no abastecimento das ligações clandestinas, porém individualmente, nos ramais. Não é possível suprimirmos a rede de abastecimento de um bairro todo, pois na mesma rede existem pessoas que pagam com regularidade a sua conta — disse a assessoria em e-mail enviado ao Seguinte:.

— Em determinados bairros, são ligações clandestinas executadas pelos próprios moradores que nunca fizeram um pedido formal de ligação junto à companhia, pois alguns não possuem nem registro de imóvel.

Além disso, a Corsan diz que diminui a pressão e vazão com objetivo de reduzir o desperdício, e garante que todos os casos identificados com irregularidades são levados, mensalmente, ao conhecimento das autoridades policiais com registro de ocorrência na 1ª DP de Cachoeirinha.

 

 

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