RAFAEL MARTINELLI

Quem é o vereador favorito para presidir a Câmara de Gravataí em 2025

Clebes Mendes presidiu a Câmara de Vereadores de Gravataí em 2019

Clebes Mendes (PSDB) é o favorito presidir a Câmara de Vereadores de Gravataí em 2025, conforme apuração do Seguinte: junto a fontes ligadas à base do governo Luiz Zaffalon.

A eleição acontece logo após a posse dos eleitos, em 1º de janeiro de 2025.

Um acordo deve ser firmado entre os partidos da coligação GRAVATAÍ MELHOR (PRD / PODE / REPUBLICANOS / PRTB / UNIÃO / PSD / PP / NOVO / PL / PSDB / CIDADANIA) estabelecendo a divisão dos quatro anos de presidência entre PSDB, Podemos, Republicanos e PP, siglas mais votadas da base governista, que tem 14 entre os 21 vereadores.

Formado em Gestão Pública pela Uninter e pós-graduando em Administração e Gerência de Cidades, Clebes foi reeleito para o quarto mandato com 2.837 votos, o terceiro mais votado em 2024. O vereador profissional, desde a primeira eleição de 2012, já presidiu o legislativo municipal em 2019.

Outro cotado era Bombeiro Batista (Republicanos), vereador mais votado pela segunda eleição consecutiva. Em 2024, o apoio dele à eleição do atual presidente, Alex Peixe (PSDB), teria um compromisso de reciprocidade para, agora, ser o presidente da base governista.

Bombeiro, que pelo novo acordo será o presidente no segundo ano, 2026, já teria compreendido um dilema do governo: não há como abrir mão de eleger um presidente do partido do prefeito enquanto Gravataí experimenta ‘A Eleição Que Nunca Termina 2’.

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) ainda não julgou recurso do Ministério Público à absolvição de Zaffa e do vice Dr. Levi Melo (Podemos) pela justiça eleitoral de Gravataí, em Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) que apura 11 denúncias de abuso de poder político e econômico e uso abusivo dos meios de comunicação.

Uma condenação da chapa pelo TRE e pelo TSE, caso prevaleça a tese do Ministério Público e não a absolvição pela justiça de Gravataí, provocaria uma nova eleição em Gravataí, realizada em até três meses após o trânsito em julgado, como aconteceu em março de 2017, devido à cassação do registro da chapa Daniel Bordignon-Cláudio Ávila, vencedora nas urnas em 2016 – e foi ‘A Eleição Que Nunca Termina 1’.

O atual prefeito e vice reeleitos não poderiam concorrer e ficariam inelegíveis por oito anos a contar de 6 de outubro, além de receberem multa a ser estabelecida pela justiça eleitoral.

Entre o fim do mandato de Zaffa e a nova eleição, Gravataí seria governada pelo presidente da Câmara eleito em 1º de janeiro de 2025.

Por obvio, qualquer neófito da política sabe que é remota a possibilidade de anulação de uma eleição na qual o prefeito foi reeleito com 64.125 votos, 51,17% dos válidos.

Porém, como em política nada é mais equivocado do que ter certeza, certamente Zaffa não deixará de proteger a cadeira do rei, garantindo um presidente do PSDB em caso de zebra na ‘loteria de toga’.


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