violência

Quem matou a pequena Eduarda?

Menina havia sido raptada na zona norte de Porto Alegre | ARQUIVO PESSOAL

Imagens de câmeras na zona norte de Porto Alegre, depoimentos de testemunhas e a busca de informações que possam levar à confecção de um retrato-falado. Estes agora são os desafios para os investigadores da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima, do Deca, a partir da confirmação de que o corpo de uma menina encontrado às margens do Rio Gravataí, junto à RS-118, em Alvorada, próximo do limite com Gravataí, é mesmo o da menina Eduarda Herrera de Melo, de nove anos, desaparecida desde a noite de domingo, quando teria sido raptada no bairro Rubem Berta, em Porto Alegre.

De acordo com a diretora do Deca, delegada Adriana Regina da Costa, somente o exame de necropsia poderá precisar a causa da morte da criança mas, segundo ela, não há marcas de tiros aparentes no corpo.

— Ela foi encontrada dentro da água, na margem do rio, com roupas. Há muito lixo e outros objetos próximos do local onde estava o corpo. Não é possível relacionar ainda nada do que estava ali com o crime. Precisaremos aguardar o trabalho da perícia para precisar o cenário do crime e também ter, a partir destas informações, uma linha mais clara de investigação — aponta a delegada.

 

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Segundo a delegada, ainda não é possível afirmar sequer há quanto tempo ela foi morta. A menina, já sem vida, foi encontrada por um homem que teria parado na rodovia por volta das 7h para urinar no matagal. Assustado, ele correu e acionou a polícia.

Conforme os relatos de familiares e testemunhas, um homem em um carro vermelho teria carregado Eduarda por volta das 20h45min, enquanto ela brincava na frente de casa.

— Ainda na madrugada nossos agentes levantaram algumas imagens de câmeras, que mostram carros circulando na região, mas não é possível ver a menina. Por enquanto, não encontramos nada conclusivo neste ponto e, na rodovia, onde provavelmente acabou o crime, também não há registros de câmeras. É um lugar bastante ermo — diz Adriana.

 

Perfil do assassino

 

A informação espalhada pelas redes sociais de que se tratava de um Siena vermelho, e que teria sido encontrado no bairro São Sebastião, na zona norte da Capital, horas depois, ainda não é confirmada pela polícia.

Conforme a diretora do Deca, neste momento há muitas informações desencontradas.

— Até agora, tínhamos o objetivo de encontrar a menina. Infelizmente, ela já estava sem vida. Agora, nosso trabalho está completamente focado em identificar o criminoso — informa.

A possibilidade de que Eduarda tenha sido raptada aleatoriamente — seguindo características semelhantes a uma série de relatos e boatos de pessoas que tentam arrancar crianças dos pais nas ruas da Região Metropolitana — não é considerada concreta pelos policiais, que não descartam a hipótese de se tratar de alguém conhecido pela vítima.

De acordo com a delegada Adriana, o perfil do criminoso, que provavelmente agiu sozinho, ainda está sendo feito pela polícia.  

Vizinhos relatam que ouviram os gritos de socorro da menina e tentaram conter o carro do criminoso, mas ele conseguiu escapar.  Segundo a mãe, a menina ficou cerca de sete minutos sozinha na frente de casa, brincando de roller.

Amigas teriam dito à mãe que Eduarda chegou a falar com o homem no carro, que a teria chamado para comprar casacos.

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