da série rumores:

RAiZ, a nova esquerda e o Dimas

Marcelo Soares, idealizador da RAiZ

96805120.

O número já está gravado na agenda do celular de Marcelo Soares.

É o telefone do vereador reeleito Dimas Costa.

O sociólogo é o fundador nacional da RAiZ, o novo partido de esquerda apresentado em janeiro em Porto Alegre, durante o Fórum Social Mundial.

Já chegou a Marcelo Soares o alerta de que Dimas se filia até ao Partido do Diabo se o seu PSD participar de um governo de Daniel Bordignon (PDT).

E na aldeia a fofoca é grande de que, se o Bordignon tiver os votos validados pelo TSE e for diplomado prefeito, uma parceria entre os partidos já teria até definida a distribuição de secretarias.

Desobedecendo o PSD, poderia restar a Dimas ir para uma sigla recém fundada, onde não perderia o mandato por infidelidade partidária.

 

O ‘comunista’ do Marco

 

Diretor do Polis Instituto de Pesquisas, ‘Marcelão’, para os íntimos, era o ‘comunista’ do governo Marco Alba (PMDB). Ideologias à parte, pela sua capacidade intelectual comandou por três anos a Secretaria de Cidadania e Assistência Social como indicado na cota pessoal do prefeito.

Na eleição de 2016, concorreu a vereador pelo PSOL da Capital, partido que cedeu a legenda ao movimento que tem entre suas lideranças nacionais Luiza Erundina, que concorreu pelo 50 à Prefeitura de São Paulo.

– Há três meses o TSE nos autorizou a fazer a coleta de assinaturas para fundação da RAiZ – explica Marcelão, que relata conversas com setores descontentes do PT, do PSOL e de outros partidos de centro esquerda, além da proximidade com movimentos sociais e agitadores da linha de frente das manifestações de 2013.

– Nos inspiramos nos espanhóis do Podemos – compara.

 

A REDE ‘endireitou’, apareceu a RAiZ

 

A RAiZ Movimento Cidadanista surgiu como uma dissidência da REDE, a partir do apoio de Marina Silva para Aécio Neves, e não a Dilma Rousseff, no segundo turno das eleições presidenciais de 2014.

 

O partido do Tarso?

 

Marcelo não confirma, mas a RAiZ pode ser o caminho do ex-governador Tarso Genro e de outros intelectuais que sonham com um novo partidão de esquerda no Brasil.

– O Tarso foi à nossa primeira assembleia levar um abraço – diz, sorrindo, antes de mudar de assunto.

– Está um horror esse crescimento do conservadorismo, não só no Brasil, mas no mundo. Estamos abrindo esse debate no campo da esquerda, mas sem a visão hegemônica do PT ou do PSOL. Não somos um partido exclusivamente eleitoral.

– Precisamos de uma alternativa sem individualismos, que valorize a horizontalidade, com a participação do povo nas decisões, e se conecte com as pessoas pelas redes sociais.

 

Futuro do presente

 

Neste sábado pela manhã, a RAiZ tem encontro no Camp – Escola de Cidadania, na Praça Parobé, 130, 9º andar, em Porto Alegre.

O professor doutor em Filosofia Moysés Pinto Neto vai falar sobre os riscos da PEC 241 do governo Michel Temer (PMDB) para o futuro do país.

Já Dimas, sobre o futuro, diz que seu presente é no PSD. Oposição a Bordignon ou a Marco Alba (PMDB).

– Foi onde as urnas nos colocaram. O PSD pediu a impugnação de Bordignon, esqueceu? Pra mim essa aproximação é só fofoca – resumiu ao Seguinte: agora há pouco.

Como sabemos que a política e a democracia das decisões partidárias são a junção de poderes e impotências, aguardemos.

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