Desde os anos 90, toda eleição tem um médico concorrendo a vereador – exceção foi 2012. Dessa vez, Alberto Rebelato é o único que representa a categoria
Ele foi convidado pelo colega e candidato a prefeito, Levi Melo, a ingressar no PSD e a disputar uma vaga na Câmara pelo partido. Alberto Rebelato, radiologista, tenta repetir a história do amigo e colega de profissão.
– Recebi o convite agradecido. E resolvi me colocar à disposição, como pré-candidato, para ajudar, dar a minha contribuição – resumiu Rebelato.
Vindo de Santo Ângelo, está em Gravataí desde 1999. Sua clínica é especializada em exames por imagem.
– Atendo pelo SUS, recebo aqui pessoas que dependem da saúde pública. Acho que isso ajuda a formar uma consciência do que precisa ser feito e quero contribuir.
Rebelato tem 53 anos, estudou medica na Universidade de Pelotas e é a primeira vez que disputa cargo eletivo.
A 'tradição' que começou com Neio Lúcio
Em 1996, na eleição que renovou a Câmara e deu à cidade a geração de políticos de hoje, o médico Néio Lúcio, pelo PCdoB, foi eleito vereador. Reeleito em 2000, teve a companhia do então comunista Marcelo Leone, ginecologista e obstetra. Marcelo, hoje, está no PSB.
O clínico e médico do trabalho Frank James Ferraz da Silva também disputou aquela eleição – já havia sido candidato em 1996, pelo PDT.
Em 2004, quando Néio Lúcio concorreu a prefeito, Marcelo Leone foi para sua segunda disputa. O pediatra e neonatologista Jorge Orcy concorreu naquela eleição a uma vaga entre os vereadores, pelo PTB de Abílio dos Santos.
Em 2008, Levi Melo foi eleito pelo PMDB, atendendo a convite de Roberto Bastiani e Marco Alba. Depois da cassação da então prefeita Rita Sanco, Levi era cogitado para vice de Marco na eleição de 2012 e, na reviravolta que acabou por indicar Francisco Pinho para o posto, desistiu de disputar a reeleição.