O PSB confirmou a candidatura de Miki Breier à Prefeitura de Cachoeirinha, em convenção na noite desta quinta. Siga entrevista do prefeito ao Seguinte:, há minutos.
Seguinte: – Após altos e baixos na relação com o ex-prefeito José Stédile, és o candidato de consenso.
Miki – O PSB está unido, com uma chapa robusta de candidatos à Câmara e a reafirmação da chapa vitoriosa em 2016, com o vice Maurício Medeiros, em uma aliança de sete partidos (MDB, PDT, PSD, Solidariedade, Avante e PV). Chegamos bem na eleição, com uma avaliação positiva do governo e olhando para a frente, construindo a Cachoeirinha do futuro. Mesmo com todas as dificuldades, realizamos entregas importantes.
Seguinte: – Como apresentar algo novo, e evitar a ‘fadiga dos metais’, com o partido completando duas décadas no poder?
Miki – Mostramos nestes 3 anos e meio que temos condições de fazer diferente, com um governo transparente, que ouve as pessoas como há muito tempo não se via em Cachoeirinha. É o mesmo partido, mas são pessoas diferentes, com um jeito diferente de fazer gestão. Estamos entregando calçadas esperadas há 30 anos, obras paradas como a UPA e escolas infantis, devolvemos o Rio Gravataí para a cidade com a praça do píer, temos obras de asfaltamento, o cercamento eletrônico que aumenta a segurança e reduz o roubo de veículos, tem a nova iluminação pública, enfim, conseguimos fazer entregas mesmo com as dificuldades financeiras. Equilibramos as contas e teremos condições de buscar novos financiamentos, o que não podíamos pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Em janeiro de 2017, quando assumimos, o comprometimento da receita com a folha de pagamento era de 77,8%. No último quadrimestre, 56. Não sei de município ou estado do país que tenha conseguido reduzir um problema desses em menos de 4 anos.
Seguinte: – A previsão é de um rombo de R$ 50 milhões em perda de receita devido ao ‘contágio econômico’ da pandemia. Isso não vai barrar a redução da folha para os 51,2% necessários para captar financiamentos, e também honrar compromissos e dívidas com o Iprec, o instituto de previdência, para conseguir certidões previdenciárias e negativas de débito?
Miki – É um problema pelo qual todos vão passar. Por isso é preciso buscar novos investimentos, uma forma da Prefeitura incentivar a geração emprego, criar linhas de financiamento para MEIs, micro empresários, incentivar o consumo no comércio local e aquecer a economia. Isso tudo com o controle das contas que temos feito, com redução de contratos e custos.
Seguinte: – Uma pandemia é um teste para gestores. Como avalias tua gestão na crise do coronavírus?
Miki – Nossa preocupação, em um momento completamente novo, desconhecido, foi agilizar o atendimento, preparar a rede de saúde da cidade, e colocar em funcionamento o Hospital de Campanha, polêmico, mas necessário, porque salvou vidas. Cachoeirinha mantém os menores índices de letalidade do Estado. Acabo de falar com o diretor do HC (Vanderlei Marcos) e atendemos 2 mil pessoas em pouco mais de um mês. E nos mantemos atentos. Não é porque as pessoas perderam a paciência que a pandemia já passou.
Seguinte: – Que tipo de campanha esperas? Enfrentas uma oposição que já tentou um golpeachment e mostra tara por CPIs.
Miki – Cachoeirinha merece uma campanha leve, tranquila, de propostas, mas creio que não será assim. Nas redes sociais já vemos uma série de denúncias infundadas. Não vamos cair nessa. Nossa proposta é construir, não destruir.