política

Renúncia de Miki é tratada em reunião de chefões do MDB de Cachoeirinha; Maurício ou Cristian a prefeito

Maurício Medeiros quando passou cargo para Cristian Wasem ao sair em férias

Após um ano sem reuniões, o cheiro do poder, indo ou vindo, motivou encontro dos chefões do MDB de Cachoeirinha, na noite desta quinta-feira. A renúncia do prefeito afastado Miki Breier (PSB) até segunda-feira foi uma das expectativas de presentes ao poker face.

– O negócio tá feio, o negócio tá feio – dizia o prefeito em exercício, Maurício Medeiros, como um cumprimento ao receber os presentes, como contou ao Seguinte: político que estava lá, mas pede anonimato.

É que, além de, como tratei ainda hoje em Impeachment relâmpago: Miki intimado a depor segunda; São 15 dias para investigar suposto desvio de 27 milhões em Cachoeirinha, Miki voltar a ser assombrado pelo processo de impeachment na Câmara, por, como apontam as operações Proximidade e Ousadia do Ministério Público, e levaram ao afastamento pela 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça,  supostamente chefiar uma organização criminosa que deu prejuízo de R$ 27 milhões em contratos de limpeza urbana, a chapa com Maurício pode ser cassada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) por abuso de poder econômico e político.

O julgamento será retomado às 14h da terça-feira, 14h, já com dois votos favoráveis à cassação e a realização de nova eleição; com inelegibilidade de Miki por 8 anos, mas poupando Maurício, que poderia concorrer no pleito suplementar.

A principal conversa no local, onde também estavam emedebistas como o presidente da Câmara, Cristian Wasem, que assumiria a Prefeitura com a cassação, os vereadores Francisco ‘Major’ Belarmino e Brinaldo Mesquita e o ex-prefeito e ex-vice-prefeito Gilso Nunes, foi sobre uma possível estratégia de Miki de renunciar antes do julgamento na corte eleitoral, para preservar os direitos políticos, além de enfrentar as denúncias de corrupção na justiça comum, e não no foro de prefeito, que é a 4ª Câmara do TJ, o que poderia ajudar na prescrição do processo.

André Lima, advogado de Miki, não participou da reunião.

Não se chegou a uma definição de quem é o nome para concorrer pelo MDB, em caso de pleito suplementar. Se Maurício hoje tem maioria no partido, Cristian terá a caneta como prefeito, os cargos, e seu apoio pode decidir a nova eleição, concorrendo ou não.

Enviei mensagem a Miki ainda pela manhã perguntando sobre a possibilidade de renúncia e o prefeito eleito em 2020 com 19.699 votos não respondeu até o fechamento deste artigo.  

Ao fim, é o MDB já velando Miki politicamente.

Resta ao partido, que hoje, conforme o gosto do munícipe, governa ou desgoverna Cachoeirinha, cuidar para que as velas que caem pelo caminho não queimem todos juntos.

 

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