meio ambiente

Rio Gravataí está à beira do alerta. Chuva? Tomara

Nível do Rio Gravataí está próximo do alerta

A hora é de fazer reza braba, dança da chuva, bater tambor ou o que for preciso para que a previsão do tempo esteja correta para a região. Conforme o Climatempo, há previsão de chuva em Gravataí, a partir da noite desta segunda-feira (7) até a próxima segunda (13), com previsto acumulado de 147mm. Esta deve ser a única forma de evitar a chegada ao nível de alerta no Rio Gravataí. É que a régua de medida do rio na Estação de Captação de Alvorada, que é usada como referência, amanheceu com a marca de 157 centímetros, apenas seis centímetros acima da medida considerada como alerta.

Quando o rio chega aos 151 centímetros em Alvorada, a resolução do Conselho Estadual de Recursos Hídricos determina que as bombas de captação para as lavouras de arroz sejam paradas por dois dias, retomem por um dia e, persistindo este nível de alerta, voltem a parar por mais dois dias. Perdendo outros 25 centímetros, aí passa a ser considerado “nível crítico”, e a captação para as lavouras precisa ser suspensa.

 

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Desde o começo de dezembro a seca tem se agravado na região. Houve certo alívio na metade do mês passado, quando o rio acumulou em torno de 2,5 mm de chuva. Logo após o Reveillon, a medida chegou ao nível de alerta, mas choveu, em pequena quantidade, na última sexta, aliviando novamente a situação, mas por pouco tempo, já que o acumulado ficou em somente 0,8 mm. Uma situação agravada pelo forte calor. Entre o final da noite de domingo e o começo desta manhã, houve queda de cinco centímetros na medida do rio.

A situação diferenciada do Rio Gravataí foi reconhecida pela Secretaria do Meio Ambiente, em uma das últimas resoluções do governo Sartori (MDB), publicada o Diário Oficial do Estado no dia 20 de dezembro. Enquanto no restante do Rio Grande do Sul é dispensada a outorga para barragens com até 3 milhões de m³ e açudes com até 5 milhões de m³, na bacia do Gravataí o cinto será bem mais apertado para os produtores de arroz que acumulam água nas propriedades a partir de 2019. A resolução própria determina que só não precisam de outorga as barragens com até 8 mil m³ e os açudes de até 75 mil m³.

A medida atendeu a uma definição do Comitê de Gerenciamento da Bacia do Gravataí. Não significa que não poderá ter reserva de água acima destas medidas, mas precisarão sempre de análise dos órgãos do Estado, com o sistema de outorgas. Atualmente, todos os usuários de água autorizados (outorgados) são divulgados pela internet no sistema Siout.

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