Um incidente marcou a abertura ao trânsito, na manhã de hoje (20/12), do Viaduto da Ritter: enquanto o coordenador das obras da RS-118 e diretor da secretaria dos Transportes, engenheiro Vicente de Britto Pereira, falava às autoridades, a distração do motorista de um caminhão baú fez com que o veículo atingisse o guard rail central.
O equipamento ficou danificado em cerca de 20 metros e até um buraco foi aberto pelos parafusos do rodado dianteiro esquerdo do caminhão. Segundo os policiais rodoviários o motorista teve dificuldade em controlar o caminhão depois do choque com a proteção de metal.
— Está inaugurado o viaduto e o guard rail — brincou um dos presentes.
— Pelo menos ficou provado que foi um serviço bem feito já que resistiu à batida do caminhão — comentou outro.
A inauguração
Uma obra aguardada há cerca de duas décadas pelos motoristas que usam diariamente a RS-118 saiu do papel nesta quarta-feira (20/12), quando o secretário estadual dos Transportes, Pedro Westphalen, o prefeito de Cachoeirinha, Miki Breier (PSB) e várias outras autoridades ergueram e retiraram os cones liberando o Viaduto da Ritter ao trânsito de veículos.
A inauguração facilita o acesso e o escoamento de cargas do Distrito Industrial de Cachoeirinha para a BR-116, por um lado, e BR-290 (Freeway), no sentido inverso. O viaduto que fica no quilômetro 9,9, tem 72 metros de extensão. Foram investidos R$ 7.140.000,00 na construção do elevado e acessos, incluindo serviços de terraplenagem, pavimentação e sinalização.
As empresas que executaram as obras foram a EPT – Engenharia e Pesquisa Tecnológica e a Sultepa. Além disso, foram mais R$ 5.244.292,23 em desapropriações de áreas do entorno e reintegrações de ocupações indevidas.
— Cachoeirinha é integrada a esta região, mas ficava completamente isolada, para ir a Gravataí tinha que ir pela BR-116 — destacou Westphalen
IMPORTANTE
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O trecho compreendido entre Sapucaia do Sul (quilômetro zero) e a Freeway, em Gravataí, totaliza 22 quilômetros de extensão.
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Isso significa, segundo o coordenador das obras da RS-118 e diretor da secretaria dos Transportes, engenheiro Vicente de Britto Pereira, que a estrada está deixando de ter 44 quilômetros (uma pista para ir e outra para vir) para ter 176 quilômetros de pistas.
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Explicando: São quatro pistas principais (duas em cada sentido), mas quatro pistas laterais (também duas em cada sentido, totalizando oito pistas. Multiplicado pela extensão (22 quilômetros) alcança os 176 quilômetros de obras.
A estrutura faz parte da duplicação da ERS-118, considerada a mais importante obra rodoviária do governo do Estado, segundo consenso e na palavra do secretário Westphalen, do coordenador Vicente de Britto e do prefeito Miki.
O que Miki disse
— Esse viaduto é fundamental para Cachoeirinha porque muitas empresas querem garantia de mobilidade e acessibilidade, com segurança. É uma obra que certamente vai atrair muitos investimentos para cidade porque está diretamente ligada ao Distrito Industrial do município.
O que Westphalen falou
— Essa é uma obra que ficou parada por muitos governos, que não andava porque sequer tinha projeto. Então não tinha como ser feita por maior que fosse a boa vontade dos governantes passados. E é um esforço do governo atual, do governador José Ivo Sartori, para melhorar a mobilidade urbana na Região Metropolitana.
O que disse Vicente de Britto
— Nós optamos por fazer uma estrada moderna. Esta rodovia tem inovações tecnológicas que não existem no Rio Grande do Sul e nem no resto do Brasil. Utilizamos de várias tecnologias novas como uma fragmentadora das placas de concreto que agilizou o trabalho.
OS NÚMEROS
: Desde 2015 o governo do estado, através da Secretaria dos Transportes, já investiu R$ 42.898.321,22 na duplicação da RS-118.
: Ao todo são 22 quilômetros da estrada que estão em obras ou em processo de licitação.
: O trecho vai do entroncamento da BR-116, em Sapucaia do Sul, até o encontro com a freeway (BR-290), em Gravataí.
PARA SABER
A construção do viaduto Itacolomi deve ser concluída em janeiro de 2018.
As obras foram divididas em três lotes:
LOTE 3 – está em processo de licitação – o objetivo é a contratação de uma empresa para executar a duplicação da rodovia que abrange os quilômetros zero ao cinco, em Sapucaia do Sul, trecho mais atrasado.
LOTE 2 – (quilômetros 5 ao 11), mais de 80% do cronograma já foi cumprido, segundo o secretário Pedro Westphalen.
LOTE 1– (quilômetros 11 ao 22) trecho em que as obras foram retomadas no final de novembro e estão sendo executadas pela Sultepa.
Confira a reportagem do Seguinte: sobre a inauguração do viaduto.
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