br-290

RS só aceita freeway se pedágio emergencial cobrir custos

Pedágio deixou de ser cobrado dia 3 de julho, com fim do contrato com a Concepa

O 'remendo' para freeway pós-pedágio está parecido com o empurra-empura que resultou no atraso de uma licitação que estava marcada há 21 anos. O pedágio emergencial, que garantiria manutenção, limpeza e socorro médico e mecânico nos 121 quilômetros da BR-290, depende da EGR aceitar uma lista de exigências que será apresentada até esta terça pelo departamento nacional de infraestrutura de transportes (Dnit) antes de conceder provisoriamente a rodovia ao estado.

É o que foi acertado nesta segunda em Brasília, na primeira reunião entre dirigentes dos dois órgãos, conforme reportagem de Matheus Schuch.

À GaúchaZH, o presidente da estatal gaúcha disse que ainda é necessário avaliar a viabilidade econômica do negócio. Nelson Lídio Nunes quer ter certeza de que o negócio é rentável, já que o tribunal de contas da união sinalizou por um pedágio de R$ 1,75 em Gravataí, metade do que era cobrado antes de levantar as cancelas. A confirmação só sai com o aval do governador José Ivo Sartori (MDB).

— Hoje nós somos uma empresa equilibrada. Temos que ter este cuidado, nós não podemos entrar em uma aventura e, em função de determinados padrões de qualidade, subestimar a tarifa e provocar um desequilíbrio — disse à Gaúcha.

 

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O Dnit, sem dinheiro para arcar com uma conta que, se real ou só para assustar, é calculada em R$ 40 milhões, faz de tudo para repassar a bomba. À reportagem, o diretor-executivo do órgão, Halpher Luiggi, disse que as pendências jurídicas “estão quase equacionadas”.

— O governo federal delega o trecho ao governo do estado e ele, dentro de sua dinâmica, prepara um plano de trabalho e cumpre. Mas vamos exigir, no mínimo, um patamar de prestação de serviço semelhante ao que era oferecido antes — afirmou.

O presidente da EGR garantiu na reportagem que, antes mesmo de avaliar a lista de exigências do governo federal, fará uma avaliação das condições da estrada. Somente depois destas etapas é que a estatal poderá responder sobre o preço da tarifa.

— Não existe almoço de graça, a exploração rodoviária é o equilíbrio financeiro e econômico da praça (de pedágio) em função dos padrões de qualidade — disse na entrevista, onde assegurou que, se houver viabilidade econômica, a EGR terá condições de assumir a freeway, realizar contratos emergenciais e oferecer serviços no patamar da antiga concessionária, a Concepa.

 

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A previsão do governo federal é de que um novo contrato de concessão possa ser assinado em fevereiro. Enquanto isso, aquela que já foi apontada uma das melhores rodovias do país segue terra de ninguém, acumulando buracos, lixo e acudida por socorristas voluntários. Os seis municípios cortados pela freeway, com um prejuízo de R$ 7 milhões (R$ 1,3 milhão só em Gravataí), já avisaram que não administrarão a rodovia federal.

 

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