Vigilância em tempo real e em todas as 24 horas do dia nas escolas, postos e unidades de saúde, prédios da administração municipal e praças, com monitoramento por setor e centralizado. Por setor, da educação na Secretaria Municipal de Educação; da saúde na Secretaria Municipal da Saúde e assim por diante, além de uma central de vídeo-monitoramento na secretaria municipal de Assuntos da Segurança Pública em que todos os movimentos poderão ser vigiados pelos agentes.
Esta é a providência que está sendo adotada pelo governo de Gravataí a partir desta terça-feira (9/1) com a ordem de serviço assinada pelo prefeito Marco Alba (PMDB) autorizando o início da instalação de mais de 300 câmeras de vigilância espalhadas pela cidade. O ato aconteceu na escola municipal de Ensino Fundamental Antônio Aires de Almeida, no Passo da Caveira.
O serviço foi anunciado em abril do ano passado, início do segundo mandato do prefeito Alba, mas de forma mais modesta. A previsão era construir 160 quilômetros de rede de fibra ótica e instalar cerca de 70 câmeras de vigilância. Depois de nove meses de serviços a rede alcança mais de 300 quilômetros e serão 318 câmeras instaladas.
De acordo com o prefeito, a prioridade é dotar as escolas da rede municipal de ensino com pelo menos duas destas câmaras, em cada estabelecimento, até o início do ano letivo de 2018, o que deve acontecer dia 27 de fevereiro. Depois disso o foco será voltado às unidades de saúde seguidas das outras instalações públicas, parques e praças da cidade.
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De Guaporé
O serviço está sendo executado pela empresa Superluc Tecnologia, de Guaporé, e hoje mesmo, enquanto os discursos aconteciam no pátio coberto da escola, funcionários da empresa tratavam da instalação da primeira câmara. A escola Antônio Aires de Almeida foi escolhida para o ato por algumas razões.
Uma delas, porque naquele local também se encontram a Escola Municipal de Educação Infantil Barro Vermelho e um posto de saúde. Neste conjunto de prédios da municipalidade – que fica em uma região em que moram muitas famílias em situação de vulnerabilidade – devem ser instaladas seis câmeras de vídeo-monitoramento.
Outro motivo para o início do trabalho naquele local é a criminalidade, com índices elevados e acima da média no restante da área urbana de Gravataí. De acordo com a vice-diretora, Quelen Nunes de Souza Almeida, há cerca de quatro anos o educandário – que atende cerca de 1 mil alunos – foi invadida 15 vezes, o que obrigou a instalação de 12 câmeras usadas na vigilância interna.
Patrimônio maior
A secretária municipal de Educação, Sônia Oliveira, disse que a instalação das câmeras é importante porque protege o patrimônio maior, que são os alunos e as pessoas que trabalham nas escolas.
— Esse é um momento significativo tanto para a proteção dos alunos, pais e professores, quanto do patrimônio público das escolas — pontuou a secretária Sônia.
O secretário para Assuntos de Segurança Pública e coronel reformado da Brigada Militar, Flávio Lopes, comentou que segurança pública não se faz com um ato isolado, e que o investimento no vídeo-monitoramento é parte de um contexto priorizado pelo governo municipal, a segurança de todas as pessoas.
PARA SABER
1
As câmeras de vigilância serão instaladas nas 75 escolas da rede municipal de ensino de Gravataí.
2
A empresa Superluc Tecnologia tem 22 anos de fundação e o sistema que está sendo implantado em Gravataí já está em funcionamento em Lajeado e Capão da Canoa.
3
O sistema de vídeo-monitoramento está sendo iniciado pelas escolas e, depois, chega aos postos e demais unidades de saúde, além de outros prédios públicos, praças, parques e locais de grande concentração popular.
: Prefeito Marco Alba assinou ordem de serviço para instalação das câmeras
FRASES DO PREFEITO
— Esse é um compromisso cumprido pelo governo da quarta maior economia do estado mas que a estrutura pública não estava preparada para fazermos investimentos e dar as respostas que a população esperava logo que assumimos.
— O governo está corrigindo distorções cumprindo com um papel que cabe ao estado, mas que o estado não tem condições de realizar, e colocando Gravataí como um exemplo para muitas prefeituras do Brasil.
— Há cinco anos não havia uniformes nem modelo pedagógico, muito menos Patrulha Escolar, vigias e gradil de concreto cercando as escolas. Eram mil professores a menos na rede municipal de ensino. Fizemos o que não existia mesmo com menos recursos em caixa.
— Em meio à maior crise econômica da histórica, pagamos R$ 250 milhões em dívidas que herdamos e mesmo assim investimos naquilo que é uma necessidade da população: a segurança. Isso, além de pagar contas deixadas pelos incompetentes que destruíram nossa cidade.