Pelo menos no papel está dando novos passos o processo que visa a duplicação das famosas pontes sobre o Arroio dos Ferreiros e gargalo do trânsito nos horários de pico entre o Parque dos Anjos e a região do Aldeião, razão da irritação de todos os dias de motoristas e passageiros de automóveis e do transporte coletivo, entre outros.
A ideia é que até o final do ano máquinas e operários estejam “a milhão” no local, erguendo muros de contenção e mexendo em ferro e concreto para dar forma às travessias mais reivindicadas das últimas duas décadas, capazes de resolver pelos próximos 20 anos o caos que se estabelece no trecho até nos finais de semana.
O que está acontecendo, por estes dias, é a fase de levantamento que deve embasar o pedido de licenciamento ambiental, a ser encaminhado peloa Prefeitura. Traduzindo: Está sendo apurado quais espécies e quantas árvores terão que ser tiradas da área da obra, se isso vai ser necessário, e como vai se dar a compensação, para que o trabalho seja autorizado.
Muros de contenção
Foi o que contou ao colunista, agora à tarde, o secretário da Mobilidade Urbana de Gravataí, engenheiro Alison Silva. Este levantamento e a feitura do projeto que vai embasar o pedido de licenciamento ambiental está a cargo de uma empresa contratada a título de contrapartida por um empreendedor imobiliário.
A “faixa” de vegetação que terá que ser removida, total ou parcialmente, fica no lado direito da avenida Centenário no sentido Parque dos Anjos-Centro de Gravataí. No mesmo lado o plano é erguer muros de contenção para os aterros que serão necessários, barateando a obra.
Como assim reduzindo os custos? É que os tais muros de contenção – pelo que explicou o secretário Alison Silva – são mais baratos do que eventuais indenizações que deveriam ser pagas no caso de desapropriações de áreas que ficam próximas das pontes.
A licitação
Por outro lado, o projeto executivo, que diz respeito especificamente à obra das novas pontes e que está sendo executado pela Bourscheid Engenharia e Meio Ambiente deve ficar pronto nos próximos 30 dias. A Bourscheid é a mesma empresa que já havia elaborado projeto para tais obras lá em 1998.
E que o Daer, Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem, autarquia ligada ao governo do estado, não executou. Se ainda existirem os desenhos, o que deve estar sendo feito pela contratada é a digitalização do projeto, já que a avenida não mudou, o arroio não mudou, e as pontes que já existiam, são as mesmas.
Com o licenciamento ambiental em mãos, e com o projeto executivo pronto, a Prefeitura espera lançar até agosto que vem a licitação para contratação da empresa que vai executar a obra física. Daí até o final do ano são mais quatro meses, espaço de tempo suficiente para que a empresa vencedora da licitação comece a trabalhar.
Mais de ano
Mesmo tudo correndo bem, segundo o secretário Alison confidenciou, a administração municipal de Gravataí trabalha com a estimativa de que as novas pontes possam ser entregues ao tráfego de veículos, para felicidade geral de quem necessita cruzar pelo local todos os dias, num prazo de 12 a 16 meses.
— Estamos confiantes que esta obra vai sair dentro do prazo que estamos projetando — disse Alison.
Segundo o secretário da Mobilidade Urbana de Gravataí, o investimento na construção das duas novas pontes deve ficar na faixa dos R$ 10 milhões, valor que pode diminuir se o governo municipal não necessitar fazer indenizações por eventuais áreas desapropriadas.
AS PONTES VELHAS
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Depois de concluídas as novas pontes do Parque dos Anjos a administração municipal deve proceder uma nova avaliação técnica para definir o que vai ser feito com as atuais estruturas.
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De acordo com o secretário Alison Silva, uma recente análise estrutural apontou que as duas pontes atuais estão em boas condições.
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Isso significa que, depois de as novas estarem prontas, as atuais pontes podem passar por um processo de revitalização até para melhorar o aspecto nas laterais e o piso de rolamento dos veículos.
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A estrutura
O que está sendo projetado:
: Obras numa extensão total de 220 metros, sendo 30 metros para cada uma das travessias e outros 160 de vão entre as duas pontes (aterro).
: Além das pistas de rolamento (dos veículos) e de passeio (pedestres) a obra deverá ter proteção do tipo guarda-corpos e pista para ciclovia.