Jean Torman, secretário da saúde de Gravataí, está preocupado com o desligamento dos cubanos do programa Mais Médicos, após novas exigências anunciadas pelo futuro presidente Jair Bolsonaro na quarta-freira.
– Sempre que há o comprometimento de recursos em uma área tão sensível como a saúde, é preocupante – disse ao Seguinte: aquele que, para além de guerras ideológicas, tem que manter os serviços disponíveis à população de uma Gravataí que está perdendo 17 médicos, distribuídos em unidades de saúde principalmente de periferias, que fazem pelo menos 5 mil atendimentos por mês, o que dá uma média de mais de 200 pacientes por dia, num espectro de cobertura calculado em 60 mil habitantes.
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– Esperamos que o governo federal tenha uma medida compensatória, seja com recursos humanos ou então no aumento do volume de recursos para os municípios – observa, aguardando o lançamento de um edital, anunciado pelo ministério da saúde para este mês, abrindo vagas para contratação de médicos brasileiros.
A expectativa no país é de que os profissionais aceitem os salários e os locais de trabalho oferecidos, em sua grande maioria nas periferias e grotões de difícil acesso. Nas unidades de saúde da família (USF) em Gravataí, são três médicos cubanos nas Águas Claras, dois na Morada do Vale II, dois no Barro Vermelho, dois no Érico Veríssimo, dois na Princesa Isabel, um na Aristides D Ávila, um no Itacolomi, um no Granville, um na Nova Conquista, um no Parque dos Anjos e um na Neópolis.
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O secretário elogia a atuação dos médicos cubanos na rede de saúde do município.
– O trabalho dos médicos cubanos se mostrou de grande valia, com excelentes resultados e uma especial aceitação das comunidades. O serviço disponível à população através do programa tornou-se essencial.
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