o seguinte indica:

Secundaristas: balanço da grande mobilização

Pelo segundo ano consecutivo, adolescentes são um pólo central da luta por outro país. Quais suas principais inovações e conquistas. 

 

O levante estudantil secundarista está entre os fenômenos mais interessantes da atual cena política brasileira. Além de suscitar uma causa de forte apelo social — a defesa apaixonada da escola pública — e inovar nas táticas e estratégias de luta, ele se destaca por ter um caráter organizativo marcado pela horizontalidade e ausência de lideranças individuais. Uma outra característica do movimento que dificulta a reação do Estado às mobilizações é o fato de elas se colocarem para além da polarização partidária que dominou a arena da política institucional nestes últimos vinte anos: justamente por estarem contra todos os que atacam a educação é que as tentativas em jogá-las — ao menos no plano das narrativas oficiais — para dentro da esfera de influência do grupo que foi retirado do governo federal têm se visto cada vez mais frustradas.

Assim como outras lutas protagonizadas por grupos sociais até então silenciados na esfera pública, como as mulheres, os LGBTS, os negros e a juventude periférica, a ação dos secundaristas faz parte de um conjunto de movimentações com potencialidade para reorientar até mesmo o sentido político das ruas do país, ainda mais num momento de crescente descrença nas instituições representativas. Não é outra a razão do pânico por parte dos governantes estaduais atingidos pelas ocupações de 2016, o que os obriga a reorientar suas estratégias de reação e sufocamento das demandas estudantis.

O Seguinte: recomenda a leitura do artigo publicado pelo Outras Palavras. Clique aqui

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