professores

Sem prefeito, reunião não avançou

Cadeira vazia: prefeito Marco Alba estava em Porto Alegre quando sindicato foi recebido hoje

Governo recebeu hoje pela manhã a direção do Sindicato dos Professores, mas negociações não avançaram. Prefeito não estava lá

 

Pouco antes das 9 horas de hoje (1º), o procurador-geral do Município Jean Pierre Thormann e o secretário de Administração, Alexsandro Lima Vieira, ocuparam seus lugares à mesa de reuniões do gabinete do prefeito. Seria com eles – e não com Marco Alba – que a direção do Sindicato dos Professores trataria sobre o dissídio da categoria, ainda indefinido, ainda negociado, ainda um ponto de atrito entre entidade e governo.

Ou quase isso.

Às nove em ponto, cerca de 15 professores tomaram lugar à reunião. A presidente do Sindicato, Irene Kirst, a vice, Vita Gonçalves, e membros do Conselho Geral da entidade. Da Câmara, vieram os vereadores Dilamar Soares (PSD), Paulo Silveira (PSB), Maribel Wagner (Rede) e Alex Peixe (PDT). Todos os líderes de bancada foram convidados, mas os que pertencem à base do governo resolveram não ir – a exceção de Maribel.

O prefeito Marco Alba também não foi. Os professores foram informados de que ele tinha uma agenda externa, em Porto Alegre, e estaria ausente da cidade durante todo o turno da manhã.

 

Sindicato: 8,34% é pouco

 

Irene Kirst abriu a reunião em seguida saudando a reabertura das negociações, mas disse que o índice de 8,34% em duas parcelas é insuficiente para recuperar as perdas da categoria.

– E, no nosso entendimento, deve ser retroativo a 1º de maio, nossa data-base – lembrou.

Os vereadores comentaram: arrecadação que aumentou, diminuiu, soluções aqui e outras ali. Correram pelos assuntos do IPAG, da Saúde, da carga tributária. E, claro, sobre o dissídio dos professores.

Irene lembrou que a contraproposta do sindicato para a recuperação das perdas da inflação é 8,34% imediatamente, retroativo a maio, e 9,34% em agosto, quando o governo propôs pagar a primeira parcela da reposição.

 

Governo: 8,24% é o limite

 

Alexsandro e Jean Pierre ouviram as intervenções e disseram, sem muitos rodeios:

– É o limite orçamentário e financeiro a que podemos chegar nesse momento. Os números estão disponíveis para quem quiser ver – definiu o procurador.

Os números, segundo ele, são difíceis de enfrentar.

– Só em junho, perdemos R$ 8 milhões em retorno do ICMS. E a informação da Secretaria da Fazenda é que a queda da atividade econômica na cidade vai derrubar em 5% o retorno do imposto para 2017.

– Além disso, há as restrições da Lei Eleitoral. Só pode ser concedido, a qualquer tempo, a reposição da inflação. Qualquer outra vantagem, não – concluiu.

 

Tudo como antes

 

O resumo da ópera: tudo ficou como antes, sem avanço para lado algum.

Vita Gonçalves disse que o assunto deve ser tema da próxima reunião do Conselho Geral do Sindicato dos Professores, provavelmente na sexta-feira da semana que vem. O órgão pode chamar uma assembleia geral para deliberar sobre a continuidade das negociações, o aceite à proposta do governo ou até a deflagração de uma greve.

 

Sindicato em eleição no início da semana

 

A reunião do Conselho Geral será nos últimos dias da semana porque, no início dela, acontece a eleição da diretoria do Sindicato dos Professores. A chapa única inscrita tem Vita Gonçalves na cabeça e Irene como vice, alternando a chapa atual.

 

LEIA MAIS

Professores ocupam o plenário da Câmara por audiência com prefeito

Participe de nossos canais e assine nossa NewsLetter

Facebook
WhatsApp
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Conteúdo relacionado

Receba nossa News

Publicidade