Reputo mais importantes duas informações da live que o prefeito Marco Alba fez nesta noite deste domingo. Assista a íntegra clicando aqui e siga minha análise.
Um. Os respiradores para o hospital de campanha ainda não chegaram.
Dois. Gravataí só terá aulas em 2020 caso alunos, professores e famílias tenham segurança em meio à crise do coronavírus.
Antes de explicar o mais importante, rapidamente trago outras informações da live e, para quem gosta, um pouquinho de polêmica nas ‘fakenews’ sobre ‘surto’ da COVID-19 na UPA.
Para os ‘CNPJs’, que precisam dormir e tem que abrir nesta segunda: Gravataí segue na bandeira laranja no distanciamento controlado do Governo do RS. As regras são as mesmas da última semana para atividades comerciais, industriais, de serviços e administração pública.
Para quem está confuso, o Seguinte: explicou nos artigos Gravataí e Cachoeirinha mantém ’bandeira laranja’; siga regras para ’risco médio’ e Como abrir seu comércio segunda em Gravataí e Cachoeirinha? Siga aqui as regras. Valem as mesmas regras, de uso de máscaras, na rua e no transporte coletivo, além do distanciamento interpessoal de 2 metros quando possível, para a população em geral. O descumprimento dá até prisão em flagrante, como tratei em Descumprir decreto é prisão em flagrante em Gravataí; para ’CPFs’ e ’CNPJs’.
Sobre os profissionais de saúde contaminados na UPA, o secretário da Saúde Jean Torman procurou tranquilizar a comunidade, garantiu que os protocolos sanitários estão sendo cumpridos e apelou para que, em caso de necessidade, ninguém deixe de procurar atendimento.
Tratei disso ontem em O ’surto’ da COVID 19 na UPA de Gravataí e o ’medo que mata’, artigo no qual relatei que a Prefeitura investiga três óbitos em que as pessoas não teriam procurado atendimento médico com medo de contágio pelo novo coronavírus – 2 óbitos de adultos por aprendicite e uma criança por meningite.
– Não politizem, como acontece em outros lugares do país. Não criem dúvida, nem provoquem pânico. Esclarecemos o que for preciso – apelou Marco Alba, sobre supostas fake news disseminadas pelas redes sociais, e na sequência também respondendo sobre um questionamento repetido nas lives:
– A Prefeitura fiscaliza o transporte coletivo municipal, o ônibus branquinho. O Estado fiscaliza o intermunicipal, o Gravataí-Porto Alegre. Esses são os telefones: 36007107 e 36007106. Nos informem em caso de descumprimento.
O distanciamento controlado do Governo do RS prevê para a bandeira laranja, de Gravataí, 100% dos bancos ocupados e mais 25% dos passageiros em pé como limite nos ônibus.
Agora o principal.
Um. O hospital de campanha.
Gravataí estava incluída entre 500 novos leitos de UTIs que seriam habilitados no Rio Grande do Sul pelo Ministério da Saúde. O prazo de duas semanas passou e a única novidade para o município é que trocou o ministro da Saúde. A Prefeitura não pode comprar respiradores sem autorização, conforme o protocolo do governo federal.
Sem respiradores, são 20 UTIs a menos; 10 no hospital de campanha, 10 no Dom João Becker.
Dois. As aulas.
Quem acompanha meu perfil profissional no Facebook – onde compartilho informações e ideias (e o debate pesa toneladas e é loooongo, com altos e baixos, mas nunca censurando o direito de cada um colaborar, ou passar a sua vergonha) – sabe que a única unanimidade testemunhada em comentários foi quando perguntei se mamães e papais mandariam suas crianças às aulas.
Nenhum, ninguém, zero. Aulas não! Meu filho, minha filha, não!
Por isso reputo a volta às aulas, ao menos da forma tradicional, como o grande momento da superação da pandemia.
– Aulas presenciais não tem previsão. O decreto estadual prevê suspensão até 31 de maio, mas acredito que vai demorar mais um pouco – anunciou o prefeito, informando que a Secretaria Municipal da Educação começa nesta segunda a estudar uma forma de que sejam ministradas aulas de forma remota.
– Pelo WhatsApp, live, distribuição de conteúdo – citou Marco Alba.
Avalio, ouvindo e lendo o ‘pó de giz’ e especialistas, que, em meio a tantas incertezas sobre o vírus, na área da educação há duas certezas: o convívio nas escolas tem potencial para levar o contágio para dentro das famílias; as aulas à distância estão longe da realidade social e tecnológica brasileira.
Aguardemos o plano que a Secretaria de Educação de Gravataí vai apresentar para levar conteúdos aos alunos, principalmente os mais pobres, e também esperemos para ver como a Secretaria da Saúde vai abrir as portas do hospital de campanha sem os respiradores.
Ao fim, acredito que o prefeito experimenta tanta incerteza quanto nós – e o mundo; e aprende a cada dia com essa pandemia que é uma assustadora novidade, tanto para cientistas, quanto para leigos. Fácil, em tempos de medo, é escolher heróis ou vilões do dia. Mas o amanhã sempre vem, e é uma conta para a gente pagar. Desacreditar nas informações oficiais neste momento é um perigo. Marco Alba tem sido um prefeito responsável nas coisas mais importantes. Eu acredito nele.
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