Só a justiça pode garantir reposição salarial à Câmara de Gravataí neste ano. O presidente Nadir Rocha (PMDB), que já tinha anunciado há um mês que não corrigiria a inflação nos salários dos vereadores, confirmou há pouco ao Seguinte: que não apresentará o projeto que garantiria 18% de reajuste aos servidores concursados e CCs, os cargos de indicação política dos parlamentares e da presidência.
– Não colocarei em votação. É uma prerrogativa do presidente – resumiu Nadir, que entre a pressão dos servidores e a política do governo de não tratar de reajustes antes de resolver o rombo bilionário na previdência municipal, optou por ficar ao lado do prefeito Marco Alba (PMDB).
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O presidente disse que a assessoria jurídica da Câmara vai consultar o judiciário sobre os prazos para julgamento da ação onde, após provocação do então todo poderoso do PDT Cláudio Ávila, e seu companheiro de impeachment Marcos Monteiro (Solidariedade), o reajuste de 8,13% aprovado em 2016 foi barrado liminarmente por ter sido escalonado e avançado o período eleitoral.
– Os servidores da Prefeitura receberam, pois não faziam parte da ação. Só a Câmara não ganhou. Se a justiça der ganho de causa, garantiremos apenas a reposição aprovada ano passado – explica Nadir, que confirma a intenção do governo de congelar os salários dos servidores do executivo.
– Como o governo não vai dar reposição, também não daremos. O dinheiro sai do mesmo caixa – argumenta, associando-se à política do governo de ‘colocar o Ipag na sala’.
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