Vitalina Gonçalves ocupou a tribuna popular da Câmara depois de dia paralisação nas escolas. Ele pede a retomada das negociações
Descontentes com o índice de reajuste – 8,34% – que repõe apenas a inflação de 2014 e com o encerramento das negociações. Esse era o clima da fala do Sindicato dos Professores, que ocupou ontem a Tribuna Popular da Câmara para pedir que os vereadores não votem o projeto do governo que institui o aumento.
– Pedimos que os vereadores não apreciem. Ele não recupera perdas, está fora da nossa data-base, que é 1º de maio, e a segunda parcela fica só para que o próximo governo pague, em janeiro do ano que vem – disse a professora Vitalina Gonçalves, diretora do Sindicato, na tribuna.
Segundo ela, tão preocupante quanto o índice que não recupera as perdas que a inflação comeu do salário dos trabalhadores, é o fato de o prefeito não receber a direção do sindicato para uma negociação olho no olho.
– Estávamos em processo de dissídio. Rejeitamos a proposta inicial em assembleia geral. Comunicamos o prefeito. Um dia, no final da tarde, recebemos um ofício dizendo que era essa a proposta final. No mesmo dia, o projeto de lei veio à Câmara.
Discussão deve acontecer na semana que vem
Em seguida à fala do Sindicato dos Professores, vereadores da base do governo e da oposição avaliaram o que ouviram em pouco mais de 17 minutos na Tribuna Popular.
O presidente da Câmara, Nadir Rocha, do PMDB, disse que não pode suspender a tramitação do projeto enviado pelo governo, mas aposta que ainda pode haver diálogo.
– O governo e o sindicato ainda podem conversar. Não sei se o orçamento tem margem para um aumento maior.
Se o governo não pedir a retirada do projeto, a matéria deve ir à votação até o final da semana que vem.
Confira, a seguir, o vídeo completo com a fala da professora Vitalina na Tribuna Popular da Câmara feito pela assessoria do Sindicato: