O Sindicato dos Metalúrgicos vai tentar reverter na Justiça a demissão de 300 trabalhadores que retornariam neste sábado do lay off e estão sendo comunicados do fim dos contratos por telegrama, como o SEGUINTE: antecipou no sábado.
– É demissão em massa. Não descartamos greve – ameaça o presidente Valcir Ascari.
O sindicalista já reconhece na adoção do lay off, em dezembro do ano passado, uma possível estratégia da empresa para ganhar tempo.
O lay off, iniciado pela GM em dezembro do ano passado, e que atinge cerca de 800 trabalhadores, é a redução temporária da jornada de trabalho e do salário até o limite de 25%.
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Fim do 3º turno
Para Valcir Ascari, “é o sinal de encerramento do terceiro turno de produção”, que já contou com 1,5 mil funcionários e hoje tem apenas 500.
A oposição a atual direção do Sindicato dos Metalúrgicos diz que já denunciava essa suposta “jogada da GM”.
– A GM reuniu os operadores e disse que se aceitássemos o lay-off não seria preciso haver demissões, pois se a produção ainda estivesse em baixa neste ano, os outros turnos entrariam em lay-off. Mas, desde o ano passado a empresa está demitindo em massa, e nos últimos meses tem demitido colegas do 1º e 2º turno e puxado colegas do 3º turno. Assim ficou na cara que a intenção da empresa era demitir o 3º turno – alertam em nota no site.
A crítica se estende ao acordo firmado pelo sindicato e a empresa, já que no lay off não há direito ao seguro-desemprego, apenas ao FGTS e multa de um salário mínimo.
Mercado não se recuperou, alega GM
Por meio de nota, a GM informou que mais da metade dos cerca de 800 empregados que haviam entrado em lay off no ano passado retornou ao trabalho, mas que "houve queda de mais de 26% nas vendas da indústria apenas nos primeiros quatro meses de 2016".
– A esperada recuperação do mercado, infelizmente, não aconteceu – explica a montadora.