grêmio na final da liberdadores

Só os torcedores entendem

Herculano e o filho Raul em foto de agora há pouco, já fardados para a final da Libertadores

O Seguinte: pediu e o Herculano Barreto Filho mandou um texto sobre o seu Grêmio. Quando trabalhou em Gravataí entre 2002 e 2007, o jornalista foi o primeiro de um jornal do interior, o CG, a vencer o Esso, maior prêmio de jornalismo do Brasil. Editor de O Dia, do Rio de Janeiro, ele veio especialmente para assistir à final da Libertadores

 

Não é um texto sobre futebol. Também não se trata de uma ostentação às conquistas dentro das quatro linhas. É um desabafo sobre um sentimento de constante resgate. De sofrimento nas derrotas e de uma energia que me moveu do Rio de Janeiro a Porto Alegre só para estar entre as milhares de vozes ansiosas que vão lotar a Arena do Grêmio.

Me despedi da minha esposa, no final da gravidez, e vim com o Raul, meu filho de 3 anos, para a cidade onde cultivei desde pequeno uma paixão cega, que às vezes constrange. Difícil explicar racionalmente o que me traz até aqui. Difícil seguir ao pé da letra um mantra enraizado na minha existência. Até a pé nós iremos. Para o que der e vier. Mas o certo é que nós estaremos. Com o Grêmio onde o Grêmio estiver.

Hoje, o Grêmio está na final de uma Libertadores. Isso me faz lembrar de 1995, quando ainda era só um adolescente. E quando torcer para o Grêmio não trazia tantas lembranças sofridas. Sofremos para lembrar. E também sofremos para comemorar. Mas o mais importante é que sofremos por torcer. 

Estar entre milhares de gremistas me dá um sentimento de pertencimento que só torcer pelo Grêmio me proporciona. Como explicar um sentimento? Como traduzir o que senti quando comemorei um gol do Grêmio com o meu filho no colo? Só os torcedores entendem.

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