A Pix Force, vencedora na categoria Mais Inovadora do South Summit Brazil de Porto Alegre, desenvolve uma solução em inteligência artificial para monitorar a poluição do rio Gravataí, na Região Metropolitana, conforme GZH.
Recomendamos a reportagem de André Malinoski, cuja manchete reproduzimos.
“A startup elabora uma plataforma que utiliza visão computacional para determinar a quantidade de resíduos plásticos presentes na água. O objetivo é fornecer ferramentas para que a gestão pública possa identificar quais materiais estão sendo despejados no local, além de seus volumes e riscos.
Em fevereiro, o rio Gravataí ficou coberto em sua superfície por materiais descartados de forma irregular em uma faixa de cerca de 70 metros de suas águas. Na ocasião, a operação de limpeza retirou 132 toneladas de lixo do local, segundo estimativa apresentada pela prefeitura de Cachoeirinha.
— Esse monitoramento deve nos fornecer dados relevantes para conseguirmos atacar esse problema sério da poluição das águas, pois apenas com dados concretos é que poderemos propor soluções — afirma o CEO da startup, Daniel Moura.
Conhecida por desenvolver soluções para interpretação automática de imagens e vídeos, aplicando inteligência artificial à visão computacional e transformando imagens obtidas por câmeras, drones e satélites em informações e dados, a Pix Force deverá realizar, em janeiro de 2024, a instalação de uma câmera no local de captação da água junto ao rio. O espaço para a coleta de informações foi disponibilizado pela Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan).
Os resíduos poderão ser acompanhados em tempo real, identificados e classificados. Os dados coletados serão integrados em uma plataforma de análise, onde serão mapeadas as áreas mais críticas de poluição e os padrões de acúmulo de lixo. Esses números auxiliarão na implementação de medidas para melhorar as condições do rio Gravataí.
O projeto-piloto da Pix Force foi premiado no Desafio Saneamento do Futuro: Rios sem Plásticos, na categoria Gestão Pública. A iniciativa é da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). Para desenvolver a primeira fase do projeto, a startup receberá R$ 110 mil”.