O Museu do Fracasso deve abrir suas portas em junho. Está sendo organizado na cidade sueca de Helsingborg. Seu acervo são as histórias de produtos e serviços lançados por empresas e que se constituíram em um fiasco de vendas. Entre os exemplos está o caso de uma organização muito conhecida por sua pasta de dentes que tentou vender pizza.
O que me chamou a atenção foi que a proposta do Museu não é apontar o que não deu certo apenas como uma curiosidade, mas possibilitar o aprendizado que o fracasso propicia. Geralmente, os nossos insucessos são vistos por nós de forma espetacular, grandiosa, isto é, maximizamos o ocorrido. É normal errar. Tentar acertar e dar-se mal é da vida. Quem acerta sempre, em tudo? Não temos sucesso o tempo todo, assim como não fracassamos todos os dias.
Muitas pessoas têm o hábito de ficar remoendo o que entendem ser um fracasso. É claro que devemos dar uma pausa e fazer esta visita interior. Ânimo! Tudo pode e vai melhorar!
Assim como uma criança que entre tombos e escorregões aprende a levantar e caminhar, nós, adultos, também devemos seguir em frente. Estão bem difíceis os nossos dias, nestes tempos de convulsões econômicas, políticas e sociais. Temos de decidir se vamos ficar no fundo do poço, nos lamentando, ou ralar as unhas e os dedos fazendo buracos que nos permitam escalar, metro a metro, a rota para a saída.
Otimismo é tudo de bom! E agora, para finalizar, fico pensando cá com os meus botões e meus zíperes: será que o Museu do Fracasso será um sucesso de público? Ou entrará, ele também, para o seu próprio acervo?